sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Coração da Paixão

Estou aqui pensando em alguma novidade para compartilhar, mas a única coisa que consigo pensar agora é na falta que minha família está me fazendo.
Ultimamente eu vivo me perguntando se tudo isso vale à pena. Se realmente vale à pena deixar de lado tudo o que eu considero de mais importante e especial na minha vida.
Faz um tempo que deixei de escrever no meu facebook porque não quero mais ficar compartilhando minhas emoções com pessoas que, online, assinam como minhas “amigas” e quando passam por mim fingem que não me conhecem. Cansei!
Neste momento eu só quero gostar de quem gosta de mim; só quero pensar em quem pensa em mim; só quero amar quem realmente me ama e o resto, virou resto.
Quem quiser saber de mim e/ou acompanhar meus passos, que acessem meu blog, pois neste espaço eu escrevo sem ter que ficar olhando para aquelas centenas de fotos que parecem olhar nos meus olhos e não me dizem, absolutamente, nada. Prefiro escrever para desconhecidos ou para meus amigos de verdade que dedicam alguns minutos de sua semana para ler um pouco do que eu penso, e sentir um pouco do que eu sinto, pois eu, neste momento, só sinto SAU-DA-DE. Saudade do tempo em que eu era criança e me sentia protegida pelo amor de meus pais; saudade dos meus irmãos, dos meus sobrinhos, amigos; de um sorriso de verdade, de uma palavra verdadeira, de um abraço, de falar besteiras, de poder confiar em alguém e contar meus segredos ou meus sonhos, inclusive minhas vitórias... Não consigo fazer com que nada preencha este espaço. Sinto-me inútil. Não sei o que é ‘dar uma gargalhada’ há muito tempo... Curtir um show, uma festa de aniversario ou casamento, nem sei mais o que é isso... Eu trocaria todo o, pouco, conforto que tenho agora, por uma “cama” formada apenas por tapetes e lençóis, montada no meio da sala, para dormir com meus irmãos e primos, e antes contar mil histórias até cansar e a barriga doer de tanto rir, como fazíamos antigamente.
Espero sinceramente que tudo isso tenha um objetivo, que toda essa renúncia seja recompensada o mais breve possível, pois não quero ter que esperar ficar velhinha para ser feliz e ter todos os meus amores de volta.
Por enquanto vou levando e esperando a hora de Deus me mostrar que está na hora de viver a minha vida de verdade.
Um Beijo e um Sorriso de Lucimari Paixão
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Uma Tarde com Wagner Kallieno


Gente!!!
Sexta eu tive uma tarde muito divertida no atelier do Estilista Wagner Kallieno.
Como escrevi na postagem anterior, neste momento estou em Natal-RN prestando consultoria para as empresas pertencentes ao projeto Natal Pensando Moda, e essa sexta foi o dia de visitar Wagner.
Sempre muito alto astral, fui recebida com muitas histórias e risadas.  Trabalhamos a tarde toda, comi a comida caseira feita por sua mãe, e no final do dia, enquanto eu esperava o taxi, soube que ele exercer dons de maquiador, sendo assim, pedi que me fizesse uma maquiagem para que pudesse encerrar a semana escondendo minha cara de cansada, e assim aconteceu.
Entre uma piada e outra, a maquiagem foi acontecendo enquanto sua assistente etiquetava as peças que iriam para o bazar do dia seguinte, e é claro que eu não pude perder a oportunidade de garantir a minha peça com antecedência. O melhor de tudo foi que eu pude inaugurar sua maquininha de cartão exclusiva para lojistas... Foram muitas gargalhadas!!!

Conheça um pouco da história do, não só Estilista, mas um profissioonal que faz sua marca acontecer:

Formado pela UNP (Universidade Potiguar), Wagner diz que sempre sonhou em trabalhar na área, mas foi em 2003 que trancou a faculdade de Engenharia da Computação para fazer faculdade de moda, desde então começou a trabalhar como stylist, fazendo editoriais de moda e campanhas publicitárias.  
Inspirado nos traços do arquiteto Oscar Niemeyer, Wagner venceu o concurso Rio Moda Hype Verão 2010, e desde então sua marca tomou um grande impulso no mercado fashion. Seu atelier, que carrega seu nome, já está reconhecido nos closets de grandes celebridades.
Wagner está encerrando sua 2ª coleção, denominada de ‘Mar a Dentro’.
A marca faz Show Room na Daslu, em São Paulo, e já tem um bom reconhecimento no mercado da moda a nível nacional, pois está  espalhado em 12 postos de venda no Brasil nas mais reconhecidas multimarcas . Seus modelos já saíram nas revistas VOGUE, Elle, Estilo, Marie Claire, Vogue RG, Contigo, Look e Caras.
Como eu disse, várias personalidades andam por aí desfilando os modelos da marca, assim como as apresentadoras Fernanda Lima e Sabrina Sato; as cantoras Claudia Leitte e Solange Almeida; as atrizes Adriana Birolli, Mariana Rios e muitas outras.
Pensando em mulheres com perfil extremamente feminino, Wagner foca suas modelagens na valorização do corpo, com peças muito bem estruturadas, com tecidos finos e prezando sempre pelo bom acabamento.

Parabéns Wagner pelo lindo trabalho!

Seguem as imagens dessa visita histórica! rsrs...




 
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Concurso leva jovens ao Curso de Designe no SEBRAE- RN

Olá meus queridos leitores!
Esta semana estou na maior correria que está se estendendo desde alguns meses. Não paro de viajar e isso tem deixado minha vida particular de cabeça para baixo, além de cansada.
Não estou reclamando, pois amo de mais meu trabalho, mas realmente falta tempo para fazer as coisas que eu mais gosto, do tipo, escrever no meu blog. ;)
Estou em Natal – RN, cheguei dia 11 (domingo) e dessa vez vim para passar 69 dias. Muito tempo não!? Mas, do jeito que eu amo essa cidade, tudo vale à pena. Estou Feliz!
Ontem saiu uma reportagem sobre este novo trabalho no Blog de Serra de São Bento (Portal da Serra) e eu aproveito para compartilhar com vocês.
Trata-se de mais uma ação da marca Daya que, como sempre, está apostando no crescimento profissional de dois jovens, muito talentosos, que desejam se inserir no mercado da moda.
Espero profundamente que eles consigam alcançar seus objetivos, e no que depender de mim, terão todo meu apoio. Que Deus os abençoe!

Segue a Matéria com os Vídeos:

            A Daya promoveu seleção pública para que um jovem de Serra de São Bento fosse escolhido e participasse de uma Oficina de Design e criação no SEBRAE de Natal, com a equipe de Design do Senai-Cetiqt do Rio de Janeiro, sob a preleção da Bacharel em Design de moda e Técnica Têxtil e de Confecção Lucimari Paixão, para tal foi solicitado que os candidatos apresentassem dois desenhos com motivos de "BRINCADEIRA DE CRIANÇA" na Loja Daya Serra de São Bento e um texto de no mínimo 10 linhas justificando por que merecia participar da referida oficina. A qualidade do material apresentado pelos candidatos foi tão grande que ao invés de um, como foi proposto, dois foram os escolhidos, sendo proclamado os nomes de Angélica Viana da Silva e Renato do Carmo Mendonça.
                O Portal da Serra acompanhou os eleitos na noite de ontem, 12/09/2011, que, enfim, participaram da primeira noite da oficina em companhia do funcionário José Girlênio Faustino de Lima, da proprietária da Daya, Graça Rodrigues, e da sua filha Dayane Faustino.

http://www.youtube.com/watch?v=3FYl6P89a28&feature=player_embedded




Fotografias:

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Manga Verde da Dor de Barriga"

“Manga verde dá dor de barriga!”. Era essa a frase que eu sempre ouvia de minha avó, todas as vezes que subíamos na mangueira do no nosso quintal, para comermos manga verde com sal. Ouço a voz de minha vó nos dando várias recomendações tentando nos precaver de incidentes.  
Ouço a voz dela nos contando, em baixo da mangueira, mil histórias diferentes que sempre se repetiam a nosso pedido. Era tão bom!!!
O chamávamos de mini fazendinha, pois lá se criava galinhas, cachorros, patos e diversos passarinhos que vinham nos visitar, além, é claro, das crianças que moravam na nossa rua e nunca saiam de lá. rsrs
Tinha pé de tudo... De manga, limão, abacate, côco, mamão, goiaba, cacau, pimenta e até plantas medicinais. Os maracujás nasciam sem que precisássemos plantar. As flores eram lindas!!!
Minha mãe contava que antes de eu nascer, todo aquele espaço era um mangue, e que meu avô, com a ajuda de meus tios mais velhos, entulhou lata por lata aquela área. Depois das construções das casas da frente, ele criou uma grande horta; era dela que tirava parte do sustento da família. Talvez por isso o solo fosse tão fértil, pois era regado de muito amor e dedicação. Terra abençoada! Essa história me fascinava. De onde será que eu tirei tanta garra!?
Lembro-me também que todas as nossas vizinhas iam lá, com uma latinha, buscar um pouco de terra preta para plantar uma mudinha, e entre uma lata e outra, altos papos rolavam em baixo da sombra das árvores. E por falar em árvores... Tínhamos um balanço feito de pneu e/ou de pedaço de madeira. Tomei várias quedas onde fui arremessada à distância...kkkkkk
Antes o quintal parecia tão maior do que é hoje. O meu tamanho em relação ao espaço, naquela época, não era proporcional ao prazer que me dava em partilhar todas as minhas tardes junto aos meus primos e amigos tão queridos.
Brincávamos de lata-lata; de se esconder atrás do pé de jurubeba; de baleô; de pular elástico e pular corda; de amarelinha; de escolinha; de cantar, dançar; de futebol; 7 pedrinhas; salada de frutas... Colocávamos vaga-lumes dentro de frascos de vidro... Acho que estes não gostavam muito dessa brincadeira. Tadinhos!
Em dias de calor, tomávamos banho de mangueira; e em dias chuvosos, tomávamos banho de chuva e fazíamos a dança do sol. Simples assim!
A noite ninguém queria ir lá. Surgiram as lendas do homem da capa preta, da mulher de branco, da mulher de vermelho, do lobisomem, do chupa-cabra, e de todos os tipos de personagens considerados “do mal”. Isso tudo só porque o lugar era escuro. Ha... Tínhamos uma cabra chamada Tieta!
Todavia, de noite, quando não estavamos reúnidos assistindo a novela Carrossel, brincávamos na rua sem medo de nada, e os nossos pais ficavam na porta tomando conta; os nossos ou os dos nossos colegas, os quais chamávamos de tios e tias.
Na moda do patins in-line, quem não tinha um esperava a vez para tomar o do colega emprestado e “dava uma voltinha”, depois devolvia. Chegávamos a brincar de corrida com cada um usando apenas um pé do patins, e o outro pé ficava descalço. Nunca esquecerei a queda que tomei na rampinha da porta de Adilson que andava de cadeiras de rodas. Quando a moda estava quase acabando, eu ganhei um de presente, mas durante aquela febre, eu não senti falta de ter um só meu, pois minhas amigas não deixaram isso acontecer.
Os personagens que surgiam na rua também eram engraçados. Tinha Maricota, Inácio, a Bruxa do Carvão, a família de Clarisse (tinha quebra pau toda semana no meio da rua); a mulher do “Bejú de côco, Lelê ♪!”; as pipocas de dona América que a gente rezava e botava sal antes de comer, Tonhão do gesso (roubávamos uns quilinhos para fazermos objetos de decoração nas forminhas e ainda vendíamos)... Todos estes eram reais.
Quem nunca botou um palitinho em uma campainha, que atire a primeira bolinha de papel!
As festas de São João, ou da Paixão de Cristo, enchiam a rua de enfeites e bandas tocando ao vivo. Tinham vários jogos de campeonato: Pau-de-sebo, Ovo na colher, Corrida de Saco, Quebra Pote, Dança com a Laranja... Ganhei tantos concursos de lambada com Jadinho! Os prêmios eram caixas de chocolate, calculadora, discos de Vinil, fitas K7, e até caixas de refrigerante ou de cervejas – Para nossos pais! Cheguei a ganhar alguns concursos de desfile também... rsrs
Ai meu Deus! O que eram as festas na casa de tia Lucinha, que duravam sempre dois dias, onde a rua inteira comparecia? Tocava todos os Hits do momento... Eram passinhos do Gerasamba, do Harmonia, Companhia do Pagode, inclusive das Chiquititas.
E as festas que fazíamos, e freqüentávamos, onde servia apenas bolo e chocolate quente? “Cada um traga seu copo!”. Que delícia!!! Era mito massa!
As brigas eram de puxar cabelo, e nada além disso; dez minutos depois já estava todo mundo “de bem”, como se nada tivesse acontecido.
Todas as vezes que lembro de minha infância, fico alegre e triste ao mesmo tempo. Essa semana eu tenho relembrado muitas coisas, tenho até sonhado... Acho que é saudade dos tempos em que eu não tinha tantas responsabilidades. Minhas únicas responsabilidades eram: Não faltar aula, ser boa aluna, ser boa pessoa, respeitar os mais velhos e não brigar com meus irmãos. Era tão mais fácil, tão mais gostoso! Ai se eu tivesse o dom de voltar o tempo... Ou nem isso... Se eu pudesse ao menos assistir tudo isso em um aparelho de DVD.
Hoje este quintal ainda existe, mas não tem mais o mesmo brilho. Virou motivo de discórdia entre a família depois do inventário.  É incrível pensar que a mesma terra que nos deu tanto prazer e nos trouxe tanta felicidade, hoje está a ponto de ser vendida, e/ou ser tomada por uma tonelada de concreto por aquela mesma família que desfrutava da sombra e da água de côco fresca.
Eu não moro lá faz sete anos, mas sinto como se estivessem arrancando um pedaço de mim. Pelo meu gosto a mangueira ficaria ali por mais 200 anos, para que cada vez que eu passasse e olhasse pra ela, eu pudesse ter o prazer de ouvir a voz da minha avó me dizendo... “Minha filha... Manga verde da dor de barriga!”.

Dedico estas lembranças a ‘minha vó Cecé’ (era assim que a chamávamos, tomando posse); aos meus irmãos: Jeferson e Joice; aos meus primos: Jadinho, Catiça, Miro, Veio, Binho e Mayara; e a todos os meus vizinhos (hoje a maioria já pais e mães) que juntos comigo fizeram parte da história mais linda da minha vida: Paulinha, Carine, Miana, Jajá, Simone, Dinho, Lisneide,  Kika, Liu, Rafa, Jeane, Rebeca, Beto, Manú, Marcela, Jéssica, Driele, Carine Cabelinho, Kátia, Branca 1, Deise 1, Anne, Luciana, Mazinho, Heron, Pita, Carol, Evinha, Deise 2, Thaiane, Branca 2 ,Vini, Bocão, Bambam, Layla, Rosa Sara (quem lembra dela!?), Luciana, Rick, Paula, as meninas 'do beco', Bocão, Secão, Cezinha, Marcos Paulo,  e todos aqueles que eu não lembrei agora, mas que lembrarei gradativamente.

Abraços para todos vocês.

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