Que país é este?
Desde sua “descoberta”, onde perdemos a nossa originalidade e fomos introduzidos de culturas avessas, nos fazemos esta pergunta sem obtermos respostas.
O Saudoso Renato Russo costumava dizer em suas letras de apelos sociais, que a geração a qual eu pertenço seria o futuro da Nação. E o futuro nunca se fez tão presente, de maneira tão fugaz, onde quase tudo que se começa, termina sem finalizar.
SOMOS O PAÍS SEM IDENTIDADE. Aquele que se mascara para vender uma imagem embaçada da nossa dura realidade.
Que país é este que só é representado nas propagandas governamentais por gente de classe pouco favorecida e que fala errado? Será mesmo que todo o nosso país é constituído de gente assim? É essa imagem que é vendida para o exterior quando o assunto é negócio e acordos que favorecem o Brasil?
Está claro que ainda somos um país em desenvolvimento, e o reflexo disso é que postura dos brasileiros também está mudando. Hoje, a nossa realidade mais atual é a luta pelos direitos dos trabalhadores.
Eu falei Desenvolvimento? Estamos sendo apontados agora como o país das greves. Onde alunos de escolas públicas ficam dois meses sem poder ter acesso à educação porque os professores, ignorantemente, fazem protestos prejudicando, não só os alunos, como a eles mesmos; pois pessoas ignorantes são favoráveis aos nossos governantes. Os responsáveis, da linha de frente, promovem oportunidades de desestimular uma geração, já desestimulada, e proporcionam futuros mais certos do que incertos; o futuro da violência, das drogas, da morte... Seja de quem for, inclusive a sua própria morte.
Um país onde um pai de família é impossibilitado de ir em busca do pão de cada dia porque os transportes públicos param suas atividades devido a sua má remuneração. E quem paga o valor mais alto desta prestação? Nós, simples cidadãos. Seja nas altas tarifas das passagens ou nos coletivos lotados, depois de passar horas em pé esperando... E como se não bastasse, os rodoviários ainda fazem greve.
A polícia entra em greve e descumpre o juramento de proteger a pátria. Bancários entram em greve. Correios entram em greve. Médicos de hospitais públicos atendem mal seus pacientes... Quando atendem... A greve destes é mais discreta...
Eu não sou contra a luta pelos direitos dos trabalhadores, muito menos estou aqui para criticá-los, porém ainda creio que seja de tamanha ignorância tomar decisões que prejudiquem quem não tem nada a ver com a história. As lutas podem, e devem, ser feitas, porém através de estratégias; de forma que os resultados positivos sejam alcançados de maneira satisfatória e sem ferimento, neste caso, sem que os reflexos dessas lutas atinjam o futuro do próprio cidadão.
Greve de professores gera alunos frustrados e ignorantes, que vão em busca da maneira mais “fácil” de se conseguir as coisas e que no final, terminam se prejudicando e prejudicando pessoas de bem...
Greve de ônibus gera cidadãos expostos aos alunos sem aula... Comércio fechado e, quando aberto, preços altos...
Greve de policiais geram os mesmos efeitos da greve de ônibus, porém em escala Iraniana.
Analisemos então: Greve de médicos, ou falta de atendimento dos mesmos, também gera MORTE. E por aí vai... É uma bola de neve, de causas e efeitos, onde os prejudicados somos nós mesmos.
Eu fico sentida ao pensar que fazemos parte de um país tão rico, tão culto e tão desordenado. Não devemos jogar o jogo deles, temos que ser diplomáticos e pensar que violência (seja ela de que forma for) só gera violência. Temos que, ao menos tentar, sermos mais inteligentes do que eles, pois somos a maioria.
Ainda pior do que prejudicarmos a nós mesmos, é prejudicar o futuro da nação, que tem como espelho avós, pais, irmãos, tios, primos e etc. que são o retrato daqueles menos favorecidos, que falam errado, e que nos representam diante da televisão no horário nobre. Aqueles que, ao invés de dar exemplo, dá sofrimento.
Lamentável!