Todas as maiores transformações da minha vida ocorreram como uma reviravolta, uma tontura, um devaneio, uma loucura total; tal como uma alucinação psicótica, sem nunca ter certeza absoluta de nada, porém sempre confiante. Em todas as situações, essa Paixão que vos fala, teve que tomar grandes decisões, assim... No susto!
Queridos leitores, amigos, alunos e familiares!
Dessa vez eu me apresento diante de uma nova conquista, e espero em Deus continuar sendo abençoada sempre.
♪♫“Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade...” ♪♫. Pois é, eu voltei à minha cidade natal, e, diga-se de passagem, esta é a melhor cidade do mundo; Salvador Bahia.
O motivo do meu retorno foi à imensa saudade que eu sentia do meu povo, da minha música, gastronomia, da minha cultura e de tudo mais que essa cidade possa me oferecer de bom.
Quem me conhece sabe que, desde o primeiro dia em que fui estudar no Rio de Janeiro, nunca tive como pretensão minha permanência definitiva; eu sempre determinei que seria apenas uma fase, contudo o tempo foi passando, coisas boas foram acontecendo e eu fui ficando, e ficando... Fiquei por exatamente 8 anos.
Quem me conhece sabe que, desde o primeiro dia em que fui estudar no Rio de Janeiro, nunca tive como pretensão minha permanência definitiva; eu sempre determinei que seria apenas uma fase, contudo o tempo foi passando, coisas boas foram acontecendo e eu fui ficando, e ficando... Fiquei por exatamente 8 anos.
Fui morar em uma cidade onde não conhecia nada nem ninguém. Como assim!?
Eu já era aluna do SENAI Bahia durante 6 anos, fiz todos os cursos profissionalizantes que pude, até ser selecionada como a melhor aluna do Curso de Confecção de Roupas do Estado da Bahia; sendo assim, viajei para Natal-RN para participar das Olimpíadas do Conhecimento, competição desenvolvida pelo SENAI Nacional. Chegando lá, fui incentivada por minha professora – Graça – e por professores do SENAI do Rio de Janeiro, para fazer um curso no SENAI CETIQT, referência nacional em ensino para a cadeia Têxtil e de Moda. Na época era necessário passar por uma prova de seleção. Fiz a prova, passei, e em menos de três meses (entre as olimpíadas e a seleção) fui embora, para a Cidade Maravilhosa, levando comigo muita saudade e dúvidas de como seria minha vida Dalí em diante. De uma coisa eu tinha certeza: Um dia eu iria retornar com uma bagagem de conhecimento muito maior, e isso já valeria o fardo de tudo o que eu teria que carregar.
Fiz o Curso Técnico Têxtil e depois a Faculdade em Design de Moda (não gosto quando as pessoas me rotulam, ou só como Designer ou só como Técnica. Eu tenho formação e experiência nas duas áreas e não quero apagar nem uma delas do meu dia a dia, afinal de contas, uma completa a outra).
Este processo de estudo no Rio durou 4 anos, porém sempre continuei atuando em Indústrias Têxteis e de Confecção. Seis meses depois da minha formação, comecei a trabalhar na mesma instituição, na qual havia me formado, e lá fiquei até a semana passada, mais precisamente até o dia 27 de março de 2012.
Este processo de estudo no Rio durou 4 anos, porém sempre continuei atuando em Indústrias Têxteis e de Confecção. Seis meses depois da minha formação, comecei a trabalhar na mesma instituição, na qual havia me formado, e lá fiquei até a semana passada, mais precisamente até o dia 27 de março de 2012.
Eu não cheguei ao Rio, aos 19 anos, como uma menina imatura e inexperiente, pois eu já era profissional e já atuava na área há anos... Porém, foi lá que eu aprendi a malandragem dos cariocas (no bom sentido, é claro!), pois durante estes últimos oito anos eu aprendi muita coisa, principalmente a me impor como pessoa, e como profissional, sem permitir que ninguém passasse por cima de mim. E bem que tentaram... Foi uma escola para minha vida inteira, com experiências que JAMAIS serão ensinadas em uma sala de aula. Não foi fácil ser a menina “novinha” e sem recursos para se manter, mas todas as dificuldades que eu passei, em relação a tudo, me tornou a pessoa, e a profissional que sou hoje; uma mulher que nunca ultrapassa seus limites éticos e seus princípios morais por qualquer que seja o motivo. É muito mais difícil caminhar assim, porém as recompensas são bem maiores. Pode apostar!
Hoje eu encerrei uma fase da minha vida e dei início à outra; e eu tenho muita fé em Deus de que fiz a escolha certa.
Passei em um processo seletivo de uma empresa que eu tentei, durante 14 anos, ingressar. Também não foi nada fácil! Mas diz o ditado que: “Quando Deus tarda, é porque Ele está pelo caminho. Pois o tempo de Jeová não é o nosso tempo”. Mantendo minha fé n’Ele, eu nunca desisti.
Claro que tive medo, sou humilde para reconhecer; afinal de contas, trocar uma vida estabilizada e recomeçar outra, é de perder noites de sono. Contudo eu tive este receio só até hoje, pela manhã, quando cheguei ao Aeroporto Galeão, na companhia de minha amiga Soraia, e, ao descer do taxi, dei de cara com o pessoal da banda de Ivete Sangalo... É... A banda do bem. Quando eu vi Fabinho O'brian, coincidiu de ele olhar nos meus olhos, e na mesma hora eu entendi aquilo como um sinal divino, de que eu tinha feito a escolha certa. Pensem bem: Bater de frente com um povo que tem a missão de trazer alegria e felicidade para as pessoas; e logo uma banda da minha terra. É ou não é um bom sinal!? Eles não podiam imaginar como estava minha cabeça naquele momento.
Peguei o voo, com destino a Salvador, certa de que foi Deus quem estava me dizendo “Calma, já deu tudo certo!”.
Deixei para trás pessoas muito queridas, inclusive uma família (cujo sobrenome é D’alverga) que me acolheu em todos os momentos de tristezas e alegrias. Contudo saí certa de que voltaremos a nos ver em breve, pois eu sou uma pessoa do mundo, e sei que as oportunidades no Rio, para mim, jamais cessarão.
Deixo aqui toda minha gratidão para todos aqueles que me ouviram; que me abriram as portas e que, principalmente, acreditaram em mim. Sem preconceitos. Isso cabe, não só as pessoas de Salvador ou do Rio de Janeiro, mas á todas as pessoas de todos os Rio’s – Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio Branco, Rio das Ostras... Assim como: Manaus, Piauí, Maranhão – Pausa... Com quantas Mineiras e Cearenses eu morei mesmo!? – Continuando... Paraíba, Pernambuco, Pará, Paraná, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Brasília, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Trago no meu coração todas as pessoas, destas cidades, que estiveram comigo nessa longa e incessante busca por dias melhores.
Percorri o país, quase inteiro, com minhas consultorias, e continuarei prosseguindo por ele, e por tantos outros, para continuar escrevendo esta minha linda história de vida.
Obrigada à meu Deus, Obrigada à vocês.