2013 tinha tudo para ser o ano da minha vida, mas não
foi!
Durante os últimos 10 anos morei na cidade
maravilhosa e não me permitir perceber o quão maravilhosa ela era de fato, pois
passei todo este tempo obcecada pela ideia de que voltar a minha cidade natal
seria sinônimo da mais pura alegria, por isso a cidade maravilhosa e todas as
suas maravilhas passaram por mim despercebidas.
Foi lá que eu descobri a vida como ela é de verdade.
Foi lá que descobri amizades de verdade (poucas, porém de verdade). Foi lá que
vivi amores de verdade. Foi lá que trabalhei de verdade e ganhei dinheiro de
verdade como a profissional que eu sou de VERDADE e TRANSPARENTE.
Este ano eu voltei ao Rio para pedir desculpas por eu
não o ter observado e vivido intensamente, como ele realmente merecia, e ele me recebeu sorrindo, com um sol radiante, cores fortes,
sons vibrantes... Fiz papel de turista, e no dia que eu fui embora, ele chorou.
Assim disse meu amigo carioca, Everaldo
D’alverga.
O ano de 2013 foi a ano que vivi inteiramente aqui na
Bahia, lugar onde eu tive o prazer e o desprazer de conhecer tudo o que eu ainda não
conhecia em seu litoral e interior. Lugar este onde só tive desilusões, uma
atrás da outra. Um ano onde conheci muitas pessoas mentirosas (nunca me deparei
com tanta mentira como neste ano). Pessoas interesseiras, que só pensam em
benefícios próprios... Pessoas manipuladoras, que não tomam partido para não se
comprometerem. Pessoas sem caráter, corruptas, que pouco se importam com o
próximo... Mas, por outro lado, conheci dona Nelma, lá em Jequié, que não
fez nada por mim, mas que faz um trabalho tão lindo e tão oposto a tudo isso
que acabei de expressar que chega a dar orgulho... Dona Marinelma Macedo foi o
contra peso da minha balança, quase defasada, de 2013. Foi a pessoas que,
agora, já no finalzinho do ano, me fez perceber que ainda existe esperança para
o ser humano.
Em 2013 as pessoas que eu acreditava que eram minhas
amigas, e as que eu mais confiei e ajudei, me traíram descaradamente. Todas! Os
que se passaram por crentes, os que se passaram por bons moços ou boas mocinhas...
em todos os sentidos. O pior de tudo é que o meu amigo de verdade, aquele que
eu pude contar a minha vida inteira, que esteve comigo desde o início da minha
adolescência, foi embora par ficar perto de Jeová Deus.
Em 2013 eu comecei uma pós-graduação que está me enchendo
de alegria e realizações a cada aula, mas que tem me decepcionado em
relação à maturidade dos membros que a compõe. Um pequeno grupo de pessoas
inteligentes, educadas e excelentes profissionais que deveriam se unir para
realizar trabalhos incríveis, e que agora ficam divididos em subgrupos, tentando
um ser melhor do que o outro, quando na verdade todos são bons no que fazem e
cada um com uma característica profissional diferente. No início todos estavam unidos, juntos o
tempo todo, e aos poucos eu percebi que o grupo começou a se dividir, e por
motivos banais. Mais uma grande oportunidade da vida que estamos deixando
passar, pois logo, logo o curso findará.
Este ano eu fui morar na minha casa, um sonho
realizado com muito esforço que, por mais que eu tente explicar os desafios e
obstáculos que eu me propus a enfrentar para tornar este sonho realidade,
jamais conseguiria transmitir as dores que vivi, embora a vitória tenha sido
certa. Além de tudo o que eu passei anteriormente para conquistar a minha casa,
posteriormente tive que enfrentar milhões de problemas com o construtor que me
desgastou ao ponto de eu ter que recorrer à polícia.
E por falar em problemas e desgastes, o que eu passei
no meu trabalho este ano daria um livro. Sofri assédio moral ao extremo. Fui sabotada.
Fui desviada das minhas funções. Fui caluniada. Fui humilhada. Fui julgada e
condenada por alguém que abusou e abusa de um “poder” que detém
temporariamente. Contudo, nada dura para sempre, ainda mais quando o que se
tenta controlar não te pertence de fato. Ele e alguns de seus aliados conseguiram
me tirar todos os prazeres da minha profissão que eu amava tanto, e não só me
tirou o prazer como me tirou o emprego e rompeu uma ligação que eu tinha com a instituição
há 16 anos, ou seja, mais da metade da minha vida. Este sonho ele conseguiu
destruir, mas o que ele não sabe é que eu sei sonhar, e melhor... Eu sei
realizar todos os meus sonhos, porque eu tenho fé. Sendo assim,
outros sonhos e realizações estão por vir.