segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Entre Frases e Cervejas



Foi uma experiência incrível passar uma noite e um dia na companhia de quatro homens, onde eu era a única mulher.

Calma! Vou explicar...

Quando cheguei encontrei-me com uma jovem dama que estava se retirando e me perguntou: “Você conhece ele há muito tempo?”. Eu respondi: “Sim. Deve ter umas três horas.” Então ouvi uma leve gargalhada vinda da cozinha... Mas aí expliquei que nós nos conhecíamos através do Facebook. Ela sorriu, me cumprimentou, se despediu e proferiu que eu amaria a companhia deles.
Na verdade nem tinha tudo isso de horas que estávamos nos falando, mas a conversa pelo WhatsApp foi tão maravilhosa, que eu aceitei o convite para a “resenha”... E que RESENHA!

O grupo formado por irmãos e amigos girava na faixa etária entre 26 e 30 anos de idade. Eu era a mais velha e a mais sóbria, pois não consumo bebidas alcoólicas. Então minhas observações iniciaram a partir do momento em que o meu amigo virtual se concretizou chegando para me buscar. Ele desceu do carro para me cumprimentar, tal como seu amigo, que lhe acompanhava. A simpatia foi imediata, e assim demos início a uma longa e incessante conversa que, após descobrirmos tantas coisas em comum,  nos permitiu uma sensação de pertencimento, como se nos conhecêssemos há anos.

A cada momento vivido em cada situação, eu descobri que homens sabem cozinhar (e cortam carne com mais habilidade do que eu), mas não se importam tanto assim com a higienização das coisas. Não que eles tenham feito porcaria na cozinha, mas eu estava vigiando, por via das dúvidas... Descobri também que eles têm medo de errar nas escolhas, que possuem códigos (que deixaram de ser secretos a partir do momento que me revelaram... Mas eu não vou sair por aí espalhando), que sabem respeitar uma única mulher no meio deles, e ainda sabem ser carinhosos. 

Eles cantaram, dançaram, ouviram Justin Bieber, jogaram, gargalharam (tirando sarro uns dos outros), bagunçaram os objetos, sujaram tantos outros, fotografaram, filmaram, compartilharam (foram quase 1.500 visualizações em menos de 24 horas), e nós descobrimos amigos em comum. Tudo isso regado à muita conversa... 

Os assuntos contornavam por diversos temas que geravam opiniões sobre: Futebol, festas, músicas, lugares, comidas, bebidas, maconha (neste caso apenas opiniões) e, dentre tantos outros... Mulheres!!! E ainda digo mais... Não somente assuntos sobre mulheres, mas também SENTIMENTOS e RELACIONAMENTOS. Sim, eu escrevi em caixa alta porque estes foram os dois principais temas durante todo o tempo em que passei na companhia deles. Foi aí que eu descobri, através de relatos, que o cantor Pablo mente na interpretação da sua canção quando diz que “Homem Não Chora”. É claro que chora! Eles possuem sentimentos, e intensos... “A carne ficou pronta?” Era o que alguns perguntavam em alto e bom tom, entre frases e cervejas, dispersando um pouco de cada colocação.  

Confesso que fiquei impressionada pela quantidade de vezes em que os assuntos voltados à relacionamentos e sentimentos vieram à tona... E eu achando que em um grupo de jovens solteiros, em pleno estado da tão almejada liberdade, jamais teria alguém preocupado com quem iria se “prender”, ou com quem já havia se “prendido”, ainda que involuntariamente. Eles dividiam opiniões sobre o estado da mulher como objeto sexual e como companheira. E até o final das minhas observações eu descobri que todos eles (assim como nós mulheres) sonham com a companhia perfeita, mesmo cientes de que sempre haverá imperfeições.

Eu ouvi, sorri, gargalhei, fui consultada e até opinei. Jamais aconselhei! Mas em cada olho que brilhava em direção aos meus olhos, eu via a necessidade de se refletir em alguém, por mais que eles negassem, direta ou indiretamente. Um deles era o que conseguia demonstrar um pouco mais além dos olhos, pois quase expôs seu coração. Passou todo o tempo relembrando alguém, se mostrando insatisfeito com a situação, e por isso desejava ainda mais ter outro alguém. Os amigos tentavam ajudar, porém de uma forma quase desastrosa por imporem suas opiniões... “Você não vai procura-la mais”. “O silêncio é a melhor resposta”. “Acorde pra vida”... Diziam. “Mas eu gosto de expor meus sentimentos. Preciso desabafar”. Respondia o culpado, que buscava um apoio moral varrendo minha face com seus olhos. Mas eu não tinha opiniões a emitir por não ter acompanhado o processo, pois o pouco que eu sabia sobre o caso, foi das inúmeras frases soltas que ouvi, por quase 24 horas. Eu ainda não estava apta para o julgamento. E para descontrair ele me direcionava cantadas toscas, a fim de dispersar a atenção dos amigos sobre algo que estava lhe consumindo. Nas tentativas desesperadas, olhava e mexia com as meninas que desfilavam de biquíni nas areias quentes da praia, naquela tarde de domingo. Quando as jovens se ausentavam de gestos de retribuições, ele mirava e atirava para as não tão jovens... Todos os amigos riam, mas seguiam o ritmo da mesma onda. Uns mais discretos (tentando me fazer não perceber), outros nem tanto.

O mais debochado, porém não menos cativante e encantador, me surpreendeu por vários momentos (desde a minha chegada), principalmente quando me revelou que seus amigos costumavam ser muito carinhosos quando na companhia de uma mulher. A intensidade da palavra “carinhosos” me revelou muita coisa, e até o momento da minha despedida eu pude ter plena certeza disso. Mas o jovem cantor, dos olhos claros, não parou por aí, e também me disse: “Quando eu gosto de alguém eu gosto mesmo. Me apaixono”. E a partir deste momento ele iniciou uma sessão de ‘CASOS DE FAMÍLIA’ vividas com suas ‘ex-paixões’. O protagonista me fez sentir dores no abdômen, de tanto rir com suas histórias.

Entre frases e cervejas, aqueles homens estavam preocupados com a alimentação física e emocional dos seus corpos... Estavam buscando se nutrir de carne, de bebidas e, principalmente, de amor. Amor entre eles, amor ao próximo, amor à próxima. Cada dose ingerida de uísque, expelia doses de maturidade e esperanças.

Apenas um deles se mostrava mais distante, mantendo-se praticamente calado e esboçando pequenos sorrisos. Parecia não querer se contagiar com aquelas histórias de amores e afetos. Talvez fosse por receio, ou por timidez de explicitar seus sentimentos diante daquela plateia que ainda estava em formação tentando se concentrar e se encontrar. Em contra partida, seu irmão foi enfático nas colocações, quando afirmou: “Não existe amor à primeira vista... Olhou e se apaixonou... As coisas vão acontecendo com o tempo, vão maturando. É preciso conhecer primeiro pra saber se é amor, paixão, ou nada disso.” Eu até acho que concordo com ele. Mas tenho uma teoria sobre este assunto... Acredito que no primeiro encontro depositamos todas as nossas fichas, e no desenrolar das situações, essas fichas vão perdendo ou ganhando valor, assim como acontece em um investimento de AÇÕES BANCÁRIAS. Precisamos apostar...

Eu apostei as minhas fichas naquele encontro relâmpago, mesmo não estando no meu melhor dia, pois me recuperava de uma gripe extrema que me deixara com febre até poucas horas antes daquele momento. Minha fisionomia estava horrível e meu cabelo também. O corpo dolorido, o nariz fungando e a voz estranha. Minha salvação foi estar com a pele bronzeada devido aos três dias de praia que apreciei naquela mesma semana. Eu teria me arrependido se não tivesse me permitido viver essa experiência com aqueles rapazes que me ensinaram tanto em tão pouco tempo. Após ter passado por inúmeras situações difíceis no decorrer da minha existência, eu descobri que não posso me render a uma gripe e deixar que oportunidades como esta passem sem ser registradas na minha vida, no meu coração e no meu blog.


Foi um presente, algo ímpar em meio há quatro homens com personalidades diferentes, mas com sentimentos iguais... Iguais aos meus, aos seus, aos nossos. Foi AMOR À PRIMEIRA VISTA... rsrsrs 


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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Mais Novos Trabalhos

Olá!!!

Estamos às vésperas de um novo ano e  muita coisa aconteceu...

No meu caso, algo novo, porém antigo, vem tomando forma e em breve estará prontinho... Vamos deixar isso pra 2017 e ver aqui os últimos trabalhos gráficos que realizei, ambos sugeridos pelos meus clientes, porém executados com muito carinho e não menos trabalho.



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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Os Figurinos Brancos de Ivete Sangalo

A cantora Ivete Sangalo gravou seu mais novo DVD neste último final de semana,  em Trancoso, Sul da Bahia.

No seu primeiro dia de gravação, Ivete apareceu com mais um vestido branco, o que já virou tradição em seus shows e DVD's, onde quase sempre as peças seguem a mesma proposta de modelagem e textura.

Abaixo, temos uma seleção destes modelos, bem parecidos, mas que deixam a musa do axé bem atraente.



DVD Trancoso

DVD Trancoso

Camarote QUEM
DVD IS 20 Anos
DVD Pode Entrar

DVD Madison 
DVD Multishow ao Vivo - Maracanã

DVD Fonte Nova





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sábado, 12 de março de 2016

Facebook Politicamente Correto e o Jeitinho Brasileiro

Qual a Sua Relação Com o Facebook?

O Facebook é uma ferramenta que aproxima ou que afasta as pessoas? Esta é uma pergunta corriqueira que divide opiniões, mas que ninguém consegue, ao certo, definir a resposta.


O fato é que antes da existência desta ferramenta e da grade explosão digital, o convívio social era muito mais real e trazia consequências mais positivas em relação ao quesito AMIZADE. Como é possível esta afirmação? Basta pensar que todo convívio social em tempo integral tem seus momentos de atrito. E, em se tratando de Facebook, o convívio com sua rede de “amigos” é, praticamente, 24 horas. É possível bater papo, compartilhar informações, ou vascular todo o cotidiano de uma pessoa, até quando ela está dormindo. Claro que a reação não será imediata, mas tais ações são mais do que frequentes.
Antes era possível saber sua real importância em um grupo social (familiar, escolar, empresarial ou entre amigos) se as pessoas soubessem a data do seu aniversário, ou te enviasse um cartão de natal, ou te escrevesse uma carta de saudade...
Analisando a ferramenta de uma forma mais minuciosa, é possível concluir que as pessoas fazem uso dessa rede social de uma forma muito mais voltada para a vaidade do que para uma ‘relação social’ saudável, de fato.
Se você observar uma postagem “solta”, na sua PÁGINA INICIAL (Feed de Notícias), assim por acaso, como todo mundo acha que faz, talvez se iluda ao pensar que o seu “amigo” postou ou compartilhou alguma informação por um acaso, ou devido a um impulso momentâneo, ou até mesmo por modismo. Mas esta concepção é um mero engano. As postagens estão lá o seu Feed de Notícias misturadas a tantas outras, muitas até se parecem. Se um assunto político, econômico e/ou social estiver em evidência, aí fica ainda mais difícil definir a intenção de cada uma das postagens. Mas, basta um clique no nome da pessoa quem postou ou compartilhou a informação, e mais alguns cliques em seu painel de postagens e nas suas fotos, é bem possível que todos os códigos possam ser decifrados. Está tudo nas entrelinhas.  
Vamos aos exemplos:
Um assunto político está em evidência... No painel de notícias dos mais leigos aos mais sábios dos seus "amigos" vai estar lá algum tipo de post, contra ou a favor do assunto em questão. Isso da uma leve impressão de que todos estão preocupados com o futuro da nação, ou com alguma questão coletiva... Assim deveria ser, pois a palavra ‘Política’ está relacionada à ‘Pólis’, que por sua vez vem do antigo grego ‘Politéia’ (vários povos - cidadãos), que tem como definição cidade-estado, sociedade, comunidade, coletividade dentre outras leituras para uma vida social. Não, jamais pense que estas palavras estão ‘por acaso’ escritas de formas incessantes, na sua página do Facebook.  Ai como estas palavras de tantos significados, nos dizem, GRITAM tantas informações, e que geralmente passam despercebidas pela grande maioria... E não foi por acaso que eu escolhi a palavra ‘Política’ para exemplificar aqui.
Então seguimos, com o exemplo... Sim, alguns de seus amigos podem entender um pouquinho de política (pouquíssimos deles). Outros não entendem quase nada, mas acham que entendem muito (é o caso da maioria). Algum deles pode entender muito sobre política (mas aí ele tem que ser, no mínimo, um estudioso do assunto, ou profissional do ramo). Todavia tem alguns conscientes de que não sabem nada sobre o assunto (mas mesmo assim compartilha postagens em relação ao tema). O fato é que por trás de todos estes amigos que compartilharam algo sobre o tema 'política', também reina a vaidade. O sentimento coletivo real que deveria prevalecer, fica em segundo plano, ás vezes em último.
Sabemos que não é preciso entender de política para saber que o Brasil está quebrado, e que existe corrupção e tudo mais. Mas daí a apontar as causas, as consequências e os causadores, é “outros quinhentos”... E é por esta falta de informação, deste vazio social, que a maioria decide fazer piadas ao invés de tentar fazer alguma coisa para melhorar.
Mas como aqui neste artigo a ‘Política’ é apenas um exemplo de comportamento em redes sociais, focaremos na realidade de todos nós, brasileiros, onde, no fundo, todo mundo quer mostrar que é uma pessoa “antenada” com tais aspectos, quando na verdade subutilizamos a própria ‘política’ que está dentro de cada um de nós. Com ou sem consciência, a palavra ‘política’ não só se refere a governos e governantes, mas à sociedade e ao social como um todo.  E, será mesmo que todos os seus amigos do Facebook que está compartilhando informações sobre este assunto, está de fato preocupado com a sociedade, com o coletivo? Sãos tantas as dúvidas... Porém muitas evidências!
O Facebook é usado como uma vitrine onde se “vende” apenas o que é belo, o que se pretender mostrar de si mesmo, ou o que se pretende revelar do outro, neste caso a parte feia. Por trás de uma postagem como esta, o usuário quer passar a falsa imagem de que se preocupa com um contexto social, que está antenado com as mídias, que tem patriotismo, que repugna a  corrupção... Mas na verdade, ele está mesmo preocupado com o valor da gasolina para seus passeios de automóveis, com o preço do seu lazer e de sua família e como estas transformações te afetará pessoalmente, alterando os seus padrões,  e como seus “amigos” perceberão tudo isso relacionado ao seu comportamento. É vaidade ausente de pureza.
É este mesmo amigo seu quem suborna o policial, ou ele é o próprio policial que aceita o suborno. Ele é aquele quem vê as crianças vendendo no sinal e corre para fechar os vidros, mas reclama da foto que Xuxa postou com três destes meninos, alegando que ela poderia ter feito muito mais por eles além de uma foto. É ele o professor que dá a nota ao aluno por afinidade e não por merecimento. Ele é aquele quem indica um amigo para uma vaga de emprego, mesmo tendo dezenas de currículos nas mãos oriundos de pessoas muito mais capacitadas e qualificadas. É este amigo mesmo quem se diz muito preocupado com você, mas jamais te perguntou “O que eu posso fazer para te ajudar?”. São milhões de “jeitinhos brasileiros” bem conhecidos que poderiam ser citados aqui, mas acredito que o exemplo já ficou claro. Agindo assim, fica fácil falar de ‘política’ nas redes sociais, não é mesmo?

O termo 'política' é apenas um exemplo, mas as análises cabem para todo tipo de postagem. Qualquer assunto. 
 A ferramenta do Facebook chegou para os brasileiros como a única coisa que faltava para uma liberdade dissimulada e egoísta. Não para todos, mas para a maioria. É onde se opina o que quer, da maneira que mas convier, de forma inconsequente, e ao mesmo tempo faz uma edição total do seu ‘eu’ para vendar uma imagem de boa gente, bela e inteligente, que só se alimenta de coisas boas e caras, onde se chega onde poucos conseguem e se tem e pode o que quiser.



O que falar das novas mães que VENERAM seus filhos nas redes? São dezenas de postagens por dia mostrando seus filhos fazendo as coisas mais comuns e mais irrelevantes do mundo. Sim, as mães devem amar os seus filhos e suas crias, e seria bom que para todo este amor e dedicação houvesse uma reciprocidade eterna, mas quem garante? Quem tem que venerar os filhos são os pais, e mais ninguém. É vaidade! Que saudade dos álbuns de fotografias impressas, onde só se registrava o que era relevante devido ao filme com quantidades de poses limitadas, e onde só quem era muito íntimo tinha acesso. Ainda bem que criaram os botões no Facebook de ‘Parar de Seguir’ e ‘Bloquear’.

Essa veneração em relação aos recém nascidos chega a ser chata, mas tem algo ainda pior... Aqueles que VENERAM os entes que já partiram. Atenção que eu não escrevi a palavra 'homenageiam', pois há uma grande diferença entre homenagear e venerar. Sim, cada um tem o direito de expressar suas emoções do jeito que mais lhe couber; mas, expressar para quem? Onde? Como? De que forma? Por quanto tempo? Será que toda sua rede de "amigos" se comove com sua dor? Não seria mais  proveitoso, depois de certo tempo, repartir isso apenas com os mais íntimos? O fato é que o impulso da emoção leva a agir sem pensar.
Mostrar que comeu “lagosta”, ainda que em uma mesa mal posta, e com talheres de plástico, tem se tornado viral, mesmo assim, lá no início, ainda era possível engolir isso quando só se postava as “melhores” refeições (muito relativo isso)... Hoje fica difícil saber se é melhor segui o carinha, ou a garotinha, que DESCOBRIU a alimentação "saudável" à base de batata doce e frango grelhado; ou o perfil de quem optou pelo ESTILO DE VIDA VEGANO, que vai muito além da alimentação, mas que pouca gente sabe.   
Crianças que mal aprenderam a ler são cadastradas na rede pelos próprios pais. Meninas entrando na adolescência postando fotos usando apenas calcinha e sutiã, ou compartilhando frases e imagens de amor e sexo...   
O fato é que hoje, se posta qualquer coisa que se coma e que se faça (qualquer mesmo), de qualquer jeito... Isso porque a vaidade superou o bom senso.
Com apenas um clique no perfil de um “amigo” no Facebook, é possível ter todas estas percepções e muitas outras. É com um mínimo de análise crítica que percebemos que sempre há muitas outras intenções por trás de toda e qualquer postagem. Dentre elas, a postagem da família feliz, do relacionamento perfeito, da casa arrumada, do carro (novo u velho), da viagem dos sonhos (ainda que há uma hora de distância da sua residência), da carreira profissional maravilhosa, da roupa de marca adquirida, dos dons artísticos... Desconfie! Até daquele cara que se diz esculachado e que não está nem aí pra nada... Cuidado! Leia as estrelinhas. Seria tão bom que deixássemos isso só para as celebridades... Eles sim têm uma vida perfeita! SERÀ?
Conheço pessoas que acreditam em tudo o que vê, e não possuem a mínima capacidade de interpretar o contexto de uma postagem, ou seja lá qual for à mídia. Isso é preocupante, pois estes são a maioria e os grandes responsáveis pela propagação de determinadas informações. Basta analisar que a maioria das postagens falsas e/ou sem fundamento, são as que mais facilmente viralizam na internet.
É de convir que isso sempre vá existir, e não é de todo mal, porque cada um tem o direito de editar sua vida como quiser e elevar seu ego (difícil é lidar com o efeito contrário), pois muitas vezes, as pessoas que mais se dedicam a passar o dia postando e comentando nas redes, são as mais carentes de atenção e de uma vida REAL. Sim, porque se você tem alguém ao lado (fisicamente falando) onde você consiga conversar sobre seu dia, sobre suas necessidades, sobre suas percepções... Alguém que te elogie quando vestir uma roupa bonita, ou que te evolva muito em um jantar a ponto de você nem ter tempo, ou nem lembrar, de fazer uma selfie, você terá menos tempo e necessidade de compartilhar sua vida e sua rotina em uma rede social.  

Na vida online todo mundo se permite ser, não o que realmente é, mas o que gostaria de ser. Enquanto na vida offline, nem tudo é possível.

Ha de se ter muita cautela em cada postagem, isso também pelo fato de que nem todos os seus "amigos" torcem pelo seu bem. Muito pelo contrário, a maioria está ali para te criticar, ainda que ele não revele isso em seus posts. Faça o teste, compare seu número de curtidas em um post relacionado a qualquer coisa boa que tenha acontecido com você (uma conquista, ou uma realização pessoal, profissional...) com uma postagem sua relatando uma tristeza, uma indignação, ou algo ruim que tenha te acontecido. No final, analise quais os posts que eles CURTIRAM e comentaram mais. 
É neste ponto que retomamos o inicio deste artigo. Até que ponto as redes sociais aproximam as pessoas?
Acredito que quanto menos conhecemos de um ser, e quanto menos tempo passamos com ele, fica mais fácil se relacionar, pois com aqui já foi dito, todo relacionamento intenso tem seus atritos, e é mais fácil  lidar com o atrito com pessoas reais, do que com as virtuais, por vários motivos que a psicologia explica. Quanto mais conhecemos o cotidiano, as preferências e as atitudes de alguém, mais opiniões teremos sobre aquela pessoa, e nem sempre são as melhores impressões. Aproveitando o trocadilho, será que é por este motivo que as nossas vidas têm sido cada vez menos impressas? Estamos sem paciência para analisarmos e imprimimos algo que de fato valha a pena, ou estamos deixando de ser necessários a ponto de não termos capacidade de imprimirmos algo em alguém, de alguém ou para alguém? É parar e refletir.
Quem nunca se envolveu em um post polêmico? Quem nunca mandou uma indireta para alguém que faz parte da própria rede? Quem nunca teve um comentário ignorado, ou solicitou um “amigo” via ‘Caixinha de Bate Papo’ onde o suposto amigo visualizou e não respondeu? Agora está na moda postar algo a espera de comentários e depois não responder nenhum... Quem nunca ficou tão indignado ou decepcionado com certas atitudes nas redes sociais a ponto de pensar em desativar o próprio Facebook para sempre?  
Eu já pensei mil vezes em desativar o meu, mas, de uma forma ou de outra, a ferramenta me mantém atualizada sobre algumas questões que me interessam. Passei a chamar alguns dos meus “amigos” do face de “aprendizados”. Involuntariamente, a maioria deles me ensinam todos os dias coisas que eu NÃO devo fazer. Passei a me policiar cada vez mais e conter minhas emoções e vontades, e cheguei a conclusão de que não e fácil, porque, assim como todos, eu também tenho minhas vaidades. 
Dizem que as redes sociais é uma solução para quem tem uma vida corrida, onde o tempo não permite uma aproximação física com as pessoas. Então me pego pensando: O que os navegantes das caravelas diriam sobre isso? E as pessoas que se locomoviam de charretes?  

O Facebook é, na verdade, um jogo de sedução, onde a maioria perde. Perde tempo, oportunidades, verdades... Mas tem aqueles que ganham muito... Ganham fama positiva, seguidores (ainda que involuntariamente ajudam o seguido a ganhar rios de dinheiros e popularidade, sem ter a mínima noção de como este sistema funciona. A celebridade ganha centavos a cada vídeo visualizado no Youtube, mas é no Facebook que ele divulga, e aí estes centavos são convertidos à milhões, além da publicidade que eles conseguem e grandes contratos)... Tem gente que ganha clientes, propaganda gratuita... Como qualquer jogo, tem que saber jogar.  E você que está montando uma micro empresa, a base de muito sacrifício... Quantas curtidas você consegue em sua página e em quanto tempo? 

Quem entende este contexto consegue usar a ferramenta com menos cobrança pessoal.

Ouvi dizer que o WhatsApp é uma ferramenta melhor do que o facebook. Melhor em que sentido? Só sei que tenho ouvido mais a pergunta "Você te WhatsApp?", do que "Como você está?".
Fica para a próxima postagem. Enquanto isso, vou ali compartilhar este artigo no meu face. ; )  


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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Igor Kannário é Vaiado No Bloco Largadinho

Que VERGONHA foi ver o Bloco Largadinho, da cantora Claudia Leitte, vaiando  o cantor Igor Kannário, na Barra.


O maior representante das comunidades da Bahia passou por um constrangimento, AO VIVO, na TV ARATU, por volta das 21h, nessa terça feira de carnaval. Uma galera que se intitula “elitizada” e se julga Sem preconceito” foi quem promoveu a situação, mais do que desnecessária. Os integrantes não estavam dispostos a dividir o espaço do carnaval, que é a festa mais democrática do mundo. 

Todo mundo sabe que o Carnaval de Salvador recebe pessoas comuns, e artistas, de todas as partes do planeta. É certo que se fosse algum representante de qualquer comunidade do Rio de Janeiro, ou de São Paulo, dividindo os vocais com a cantora CARIOCA, que todos os integrantes do Bloco Largadinho os receberiam muito bem.

Vale lembrar que o fato de tais integrantes estarem pagando pelo ABADÁ, não significa dizer que se trata de uma festa privada. Ainda que fosse, é muito comum artistas convidarem amigos para dividirem o palco... Todavia, a postura da cantora Claudia Leitte, em permanecer cantando com Kannário sob fortes vaias e acenos de rejeição do seu bloco, elevou o ego e fez prevalecer a vontade dos que estavam do lado oposto à sua corda, os quais também consomem os seus produtos e suas marcas o ano inteiro.  


     (Foto:Elias Dantas/Ag. Haack)

Kannário ignorou as vaias, cantou e rebolou ao som dos sucessos de Claudinha – ‘’Você está me fazendo fazer coisas que nunca tinha feito na vida” – disse o cantor com ar de espontaneidade. Igor tirou sua camisa e jogou em direção aos seus seguidores, que repetiram o ato e tiraram suas camisas para rodarem no alto de suas cabeças.  

Enquanto o nosso axé é proibido de ser executado lá no Recife (por exemplo), os baianos, soteropolitanos, recebem todos os pernambucanos com os braços, ouvidos e corações abertos. Esta é só mais uma evidência de que o Carnaval da Bahia é de todos e por tradição; o qual nenhum mero mortal tem autoridade para mudar, pois, se mudar, não será mais O MELHOR, O MAIOR, E MAIS DEMOCRÁTICO CARNAVAL DO MUNDO!


Claudinha está de parabéns pela atitude louvável, e pela sabedoria em ter contornado a situação a favor do POVO, que sempre foi e sempre será a maioria, tal como os grandes protagonistas desta festa.

Canta Kannário, canta!!!



#IgorKannário  #ClaudiaLeitte #CarnavalDeSalvador #TVAratu

Carnaval 2016.

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