O assunto da semana passada foi sobre à aprovação da lei da ‘SOPA’. Não da sopa de letras... Ou talvez tenha sido! Letras de músicas, de literatura, ou as letras do teclado. Tudo isso foi discutido no Stop Online Piracy Act, o projeto de lei dos Estados Unidos antipirataria, que tem fundamento coerente, mas que foi comprovada que não seria viável, e muito menos compatível, ao mundo em que vivemos hoje.
O escritor Paulo Coelho se pronunciou de uma forma muito sensata em relação ao tema em debate, e disse: “Os bons tempos, quando cada ideia tinha um dono, se foram para sempre... Todos os autores querem que se leia o que eles escrevem, seja num jornal, blog, panfleto ou muro. Quanto mais ouvimos uma música na rádio, mais queremos comprar o CD. É a mesma coisa com a literatura”.
Entretanto, tem outros artistas que não pensam como ele.
O fato é que a internet é uma ferramenta que pode ser usada, tanto para fazer o bem, quanto para fazer o mal. Depende do usuário. Porém, não seria uma imposição judicial quem ditaria o futuro da era tecnológica. Essas coisas, simplesmente, acontecem e depois vão se transformando de acordo com as necessidades dos homo sapiens.
A lei que deveria estar em discussão deveria ser em relação a atentados morais que ‘ferem’ a reputação de um cidadão considerado de bem, impondo certos limites. Mas desta forma entraríamos em outra questão: A liberdade de expressão; e este é um assunto que se estenderá por toda vida, contudo seria muito mais cabível se essa discussão fosse sobre novas maneiras de atuações da indústria para se adequar ao novo mundo em que vivemos, e fazer uso, de forma favorável, das inúmeras possibilidades (tangíveis e intangíveis) que esta ferramenta permite para o crescimento destes setores, e não de sua decadência. A ideia é que se tornem parceiras e não inimigas.
Quem sabe se fossem implantadas ações de redução de preço e dos impostos das obras!? Estas se tornariam cada vez mais acessíveis, favorecendo o povo em massa, e consequentemente a pirataria seria reduzida. Sendo assim, a população iria comprar muito mais os produtos, e os autores, artistas e etc. se sentiriam muito mais desafiados a estarem buscando novidades e inovações, aguçando ainda mais a criatividade.
Vale ressaltar que, quando a obra é fornecida gratuitamente pelos próprios artistas, com a intenção de divulgação, já não se trata mais de pirataria e sim Marketing.
Essa história abre espaço para outras inúmeras discussões, das quais chegamos a conclusão de que viver sem internet, hoje em dia, é praticamente impossível. Através dela falamos com parentes distantes, fazemos compras, pagamos contas, decidimos e opinamos na vida dos outros, expressamos todos os tipos de sentimentos, baixamos ‘isso e aquilo’, enviamos documentos em um segundo, sem precisarmos do serviço do Correio físico (o que já é uma evolução sem tamanho)... Sem sombra de dúvidas as ferramentas da internet nos oferecem milhões de possibilidades. Isso só comprova que o processo de modernização é contínuo, e não pode parar. Temos que nos aliar a ela.
Esta semana estive assistindo uma reportagem, no Jornal da Globo, onde dizia que muitos jovens estão largando seus empregos fixos para montar um negócio próprio e vender produtos e serviços pela internet. Os números apresentados nas pesquisas são surpreendentes, jamais pensados há 10 anos atrás, e o número mais interessante é que essas novas formas de atuações mercadológicas estão voltadas para atividades exercidas por pessoas com idade compreendida em até 35 anos, em sua maioria.
Estamos falando de algo que não tem tamanho, limites, fronteiras e nem regras; o que nos deixa vulneráveis a qualquer tipo de ação e reação. A única barreira é a mentalidade de quem não quer se adaptar.
Algumas pessoas fazem uso dessa ferramenta de maneira muito sábia, e outras nem tanto. Estive em um encontro de “blogueiras” há alguns meses atrás. Eram meninas novas, com faixa etária entre 15 e 30 anos, no máximo. Meninas que enchem as páginas de pesquisa do Google de pura futilidade e imaturidade. Gente... O que são os looks do dia? Quem não tem um look do dia? Os naturalistas e andarilhos!? Para cada uma dúzia de palavras, geralmente copiadas de alguma celebridade ou de algum site, tem 50 imagens (isso não é hipérbole). Eu concordo que uma imagem vale mais do que mil palavras, mas para toda regra há uma exceção. De qualquer forma tem sempre alguém lucrando com isso.
E por falar em palavras... Como pode o brasileiro ter tanta preguiça de ler e escrever? A maioria prefere ver uma novela, que dura quase um ano (e focar no’ look do dia’ das atrizes), ao ler um livro; e no final dessa novela da vida real, querem cobrar do governo ações de educação. Como assim, se a principal educação vem de casa e dos nossos hábitos cotidianos? O governo pode até “dar” educação, porém inteligência, jamais.
Daqui a pouco estaremos escrevendo textos apenas com abreviações ou montagem de imagens, todavia, no que depender de mim, isso não acontecerá. Prefiro fazer uso da internet a meu favor aqui neste MEU espaço, que me permite um custo quase zero e que nos impõe poucas regras.
Eu só escrevo quando estou inspirada, por isso só atualizo o blog uma vez por semana (se eu tiver tempo). Apesar de eu reconhecer que esta ferramenta requer velocidade, em todos os sentidos, prefiro que seja assim, o que eu ainda acho melhor do que ficar copiando e colando um monte de ‘besteirol’ que as pessoas postam por aí.
Copiar e colar informações dos outros é o fim! Fico decepcionada quando eu dou uma palestra de 2 horas e depois sai o mesmo texto, com o mesmo título, em 5, 10 blogs diferentes, referentes a minha atuação. Ninguém se preocupa em escrever sobre o que foi dito, sobre o que realmente importa. Cadê as regras para isso? Não precisamos ser tão inteligentes, precisamos ser sábios, no mínimo. Provavelmente, menos acomodados!
A internet tem deixado às pessoas cada vez mais preguiçosas (e obesas), digo isso em relação a tudo, pois isso interfere até na nossa saúde, seja ela física, psicológica e emocional; e a ideia é continuar a reduzir, cada vez mais, a vontade de estar com um amigo presente e aumentar a quantidade de amigos virtuais desencadeando inúmeras consequências.
Como disse Paulo Coelho “Todo mundo que escreve quer ser lido, independente de qualquer coisa”. Eu não sou contra a pirataria, sou contra a falta de criatividade do povo, que deveria usar a internet a seu favor, e não contra. Não podemos estagnar e nem retroceder.
E que chegue logo o dia em que o acesso à internet seja totalmente grátis, para que eu possa escrever ainda mais, com custo zero.
Você como sempre impecável nas suas colocações. Eu diria até que, além de inteligência, falta sabedoria nas pessoas. É fato que a educação vem de casa, mas quando não se cria hábitos saudáveis jamais poderão ter noção, idéia ou argumento do que deve ser cobrado. Aliás, muito tenho falado dos textos clichês que surgem no Facebook. Muita gente contestando a posição do BBB mas sempre argumentando com frases já estereotipadas, que o programa não tem conteúdo, etc e tal. Deixam se levar na onda da oposição de um programa fútil mas atua ou compartilha de outras situações tão ou mais fúteis do que um BBB. Não critico quem gosta de BBB, mas não perco tempo falando mal do programa. Prefiro usar o mesmo espaço para citar bons exemplos. Beijos linda, parabéns.
ResponderExcluirPerfeita colocação meu amigo!
ExcluirFoi exatamente o que o nosso colega, Hyldo Pereira comentou sobre a história de Luíza no Canadá. E a parte que mais me chamou a atenção foi quando ele disse:"Sou da geração internet, composta por uma galera que aprendeu a teclar antes mesmo de ser alfabetizada". Não precisa dizer mais nada, né!?
Seu blog ainda melhor....
ResponderExcluirSem a arrogância do machismo e formação na engenharia, admito que seu blog continua sempre indo além das espectativas.
No início, achei estranho receber um convite de um blog feminino, de uma pessoa da moda. Resolvi ler devido à nossa amizade e perceber que tudo o que fazes é bem feito e, no mínimo, com bastante empenho.
Aos poucos, o preconceito foi caindo e as leituras, cada vez mais interessantes e, até mesmo, com temas pessoais (bem bucólico como no caso da estória quando menina mencionado sua vovó).
Confesso que o que mais me atrai são os blogs de tecnologia, mas não poderia deixar de passar por aqui, de vez em quando, e ler suas postagens.
Esta última vem bem ao meu encontro!!!!
E viva ao seu blog!!!!
Parabéns minha amiga, são com temas variados que se constroem um blog (sejam muito correlatos ou não)