domingo, 27 de novembro de 2011

Projeto Natal Pensando Moda

Meus caros leitores,

Ontem fez uma semana que cheguei ao Rio. Estar em casa é sempre muito bom! Contudo, depois de passar tanto temo fora, e convivendo com tantas pessoas novas, que nos ajudam a escrever diferentes histórias, fico tomada por uma sensação de vazio onde parece que deixei alguma coisa pra trás; no entanto, outra sensação me consola, a de que eu posso voltar à qualquer momento.
Estar em Natal (RN) por tanto tempo, me fez sentir como se eu estivesse em casa. Pois é... Eu sou Nordestina, e Natal me fez reviver os sabores da minha terra, os sotaques, os trejeitos...  Acordar todos os dias com ao som de uma levada de forró ou Axé, que saia dos carrinhos dos rapazes que vendiam CDs á beira da praia, me deixava inspirada.
Uma vez pegue um ônibus onde o motorista estava escutando ‘BANDA REFLEXUS’ da década de 80. Minha infância inteira passava pelos vidros das janelas. Foi uma experiência emocionante. Talvez eu jamais ouvisse isso em um ônibus em Salvador.
Apesar de estar lá a trabalho, o sentimento era de novas descobertas. Não só no referente à minha profissão, mas eu observava tudo com um olhar de “Por quê?” e “Será?”.
 O trabalho que lá desenvolvi com 8 empresas, dando continuidade ao trabalho desenvolvido pelo Estilista  Ronaldo Fraga, teve ótimo desempenho, e essa é umas das minhas maiores alegrias; apesar de ainda ter alguns relatórios para finalizar. É claro que o trabalho de uma consultora nunca será fácil, pois temos que trabalhar de uma forma muito sutil e imponente ao mesmo tempo. A parte mais difícil é trabalhar o convencimento. É descobrir e falar o que está errado, buscando sempre novas soluções nas condições que nos são permitidas, e nem sempre com a certeza de que aquilo será processado e empregado por quem está sendo orientado. Mas fazemos a nossa parte, da melhor forma possível; e no meu caso, faço isso com toda PAIXÃO que um profissional pode ter pelo seu trabalho visando sempre os melhores resultados, a curtos ou longos prazos.
Para as minhas amigas que vivem me perguntando como é desenvolver um trabalho deste tipo, eu respondo: Não é fácil está ali e “da sua cara para bater”. Precisa de muito conhecimento, muita cautela e, além de tudo... Muito respeito: Às pessoas, às situações, aos prazos e etc.
Eu não quero dizer “Adeus” à Natal, quero dizer “Até Breve”, pois essa foi à quinta vez que estive nessa cidade, e como sempre, saio com uma sensação de que logo voltarei.
Deixo aqui meu abraço para todas as empresas que comigo estiveram durante este tempo.
 Todo o meu carinho para a família de Wagner Kallieno, que me tratou como se eu fosse da família com a maior humildade do mundo, assim como Graça,Emanuel, Dayane, Kel e Renato, que além de tudo, deram um show de assiduidade e aprendizado.
Beijos enormes para as meninas do SENAI: Julyete, Samara e Jady. Profissionais, porém sempre aprendizes, assim como eu; pois nunca quero deixar de ser aprendiz. Beijos também para Doris, a ‘mãezona’ delas que, pela terceira vez em três meses, o destino cruzou nossos caminhos.
As tardes com Evelyne foram mais do que especiais, assim como estar com Isaura foi um exemplo de vida...
Infelizmente o tempo foi cruel com as outras empresárias, foi tudo muito corrido por questões pessoais. Uma casou, a outra teve que organizar os 15 anos da filha, e a terceira vive em ponte área, mas com certeza teremos outras oportunidades. Contudo, cada um com sua especialidade em cativar e proporcionar bem estar para quem está ao seu lado.
Muito obrigada também a equipe do SEBRAE do Rio Grande do Norte.
Agradeço de mais pelos presentes que ganhei dos empresários, que, como eu já disse aqui em situações parecidas, eu os recebo como uma forma de demonstração de carinho, que vai muito além da proposta do meu trabalho.
Segue imagem dos mimos.   ;)
Créditos: Bolsa da Daya; Vestido de Wagner Kallieno; Saída de Praia, Carteira, Moleskine e Chocolate da P’Sun; Pirulito de Jady; Biquínis  e Broche da Matersol; Blusa da Avohai e T-Shirt da NewKin.



 
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Minha Palestra em Serra de São Bento - RN (Notícia do blog da cidade)

Ol@!

Acabei de ver a matéria no Blog da cidade de Serra de São Bento -  RN (http://oblogdaserradesaobento.com.br/noticias,meio-ambiente-e-sustentabilidade-moda-ecologica) sobre a palestra que ministrei na sexta feira sobre Moda  Ecológica e Design Sustentável.
Fico muito grata em poder compartilhar este tipo de conhecimento; e melhor ainda é poder fazer um trabalho de conscientização sobre um assunto que afeta à todos, pesquisando e encontrando várias soluções de melhoria.

Agradeço a Graça e Manoel Rodrigues, donos da marca de roupa infantil 'Daya', pela oportunidade dada a mim e a todos os alunos da escola municipal que estavam presentes.

Segue imagem:



Clique para ampliar

 
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Crítica Gastronômica de Anton Ego – Filme Ratatouille

Ansiosa por algo gostoso e prazeroso para escrever neste meu espaço de reflexão, eis que, ontem à noite, surgiu uma luz enviada dos céus, e/ou da própria CIDADE LUZ – Paris. Entretanto, tive que esperar um sinal de internet para poder me comunicar novamente com vocês, meu caros leitores, visto que estou hospedada em uma pousada maravilhosa, contudo no meio de inúmeras montanhas e “longe” de tudo. Que bom poder sentir essa paz!
Melhor ainda foi ter assistido ao filme Ratatouille, que passou em uma emissora de canal aberto e que jamais pensei ter uma mensagem tão linda e tão importante.
Comecei a assistir pelo fato de a história ser voltada para gastronomia, pois esta foi a minha primeira área de formação; depois me deixei envolver pela história como um todo, que, assim como a maioria dos filmes voltado para o público infantil, remete a vários assuntos morais e educativos. Entretanto, o que mais me impressionou foi o texto narrado pelo personagem Anton Ego, um crítico altamente exigente, que mudou sua maneira de pensar e de agir depois de ter provado um prato de comida feito por um rato.
Confesso que o que mais me inspirou a postar a crítica foi à relação com o texto que aqui escrevi, no dia 24 de outubro de 2011 Preconceito Contra os Jovens no Mercado de Trabalho. Enquanto eu ouvia o texto ser narrado, eu me via ali, no meio da cena, e pensava... “Como Deus é bom!”.
A crítica se refere claramente sobre o preconceito contra tudo o que é novo, felizmente, neste caso, o personagem se redime e assume sua ignorância.
Segue o texto na íntegra e acompanhado do Vídeo Dublado de apenas 4 minutos. Vale à pena conferir, pois serve para qualquer área de atuação, assim como para qualquer cidadão de bem.
  
A Crítica de Anton Ego

De certa forma, o trabalho de um crítico é fácil. Nos arriscamos pouco, e temos prazer em avaliar com superioridade os que nos submetem seu trabalho e reputação.
Ganhamos fama com críticas negativas, que são divertidas de escrever e ler, mas a dura realidade que, nós críticos, devemos encarar, é que no quadro geral, a mais simples porcaria, talvez seja mais significativa do que a nossa crítica.
Mas, há vezes em que um crítico arrisca, de fato, alguma coisa, como quando descobre e defende uma novidade.
O mundo costuma ser hostil aos novos talentos, às novas criações. O novo precisa ser incentivado.
Ontem à noite eu experimentei algo novo; um prato extraordinário de uma fonte inesperadamente singular. Dizer que tanto o prato, quanto quem o fez, desafiam minha percepção sobre gastronomia, é extremamente superficial.  Eles conseguiram abalar minha estrutura.
No passado eu não fazia segredo quanto ao meu desdenho pelo famoso lema do Chef Gusteau: “Qualquer um pode cozinhar”.  Mas eu percebo que só agora, compreendo realmente o que ele queria dizer. Nem todos podem se tornar grandes artistas, mas um grande artista pode vir de qualquer lugar.
É difícil imaginar origem mais humilde do que desse gênio que agora cozinhando no Gosteau’s que é, na opinião deste crítico, nada menos do que o melhor Chef da França.
Eu voltarei ao Gusteau’s em breve, com muita fome.

“ME SURPREENDA” É O LEMA DESSE FILME, E SURPREENDER É O LEMA DA MINHA VIDA. PENSANDO E FAZENDO DIFERENTE. (Modéstia à parte) ;)
segue:

Vídeo Última Crítica de Anton Ego - Dublado

Não deixe de ler, neste blog, o texto do dia 24 de outubro. Está há duas postagens abaixo.


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domingo, 6 de novembro de 2011

Sessão de Fotos em Natal-RN

Olá!!!

Hoje à tarde participei de uma sessão de fotos para divulgação, em Natal – RN.
Fiquei muito satisfeita com os resultados e resolvi postar algumas aqui para vocês conferirem.
Seguem as fotos. Quem gostar, e quiser comentar, fique à vontade! ; )

Um cheiro, um sorriso e até mais!            









 #PRODUTHORAMISCELÂNEA



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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Preconceito Contra os Jovens no Mercado de Trabalho

É inacreditável que, em plena segunda década do século XXI, ainda exista preconceito contra o jovem no mercado de trabalho.
Ainda que a tecnologia tenha evoluído; ainda que o número de universidades e formandos anuais tenha superado todas as expectativas do final do século passado; ainda que o empresário mais conhecido e comentado atualmente em todo o mundo tenha apenas 27 anos... Nada disso é suficiente para fazer com que algumas pessoas que ocupam bons cargos, e que têm o “poder” de fazer a diferença de suas empresas, ou da empresa para a qual trabalham, acreditem que a experiência profissional não é medida pela idade e sim pela atualização, habilidade e/ou o tipo de atuação do ser em questão. Seria medo?
Eu tenho 28 anos e comecei minha carreira profissional ainda como menor aprendiz, quando tinha 14 anos apenas. Quase não aproveitei minha adolescência, porque eu achava que se eu me especializasse cedo, minhas chances no mercado seriam bem maiores; e que, dessa forma, conseguiria me realizar profissionalmente até os 30 anos de idade e construir minha vida. Puro engano.
Essa semana estive com Jady Rocha, uma jovem que está começando sua atuação no mercado da moda em Natal-RN, e ela me perguntou: “Mari, valeu a pena todo este investimento de tempo e dinheiro, além de tantas renúncias, para estar neste mercado?”. E por alguns segundos eu parei e pensei... Ninguém nunca me fez esta pergunta antes; mas esta é a pergunta que eu sempre quis responder... E eu respondi claramente: Não!
Nem me preocupei em deixá-la desmotivada, porque, neste mercado, não importa se você é bom no que faz; se tem conhecimento da área, habilidade e etc. O que importa mesmo é se você tem alguém para te indicar ou se tem bastante idade na certidão de nascimento, além de anos na carteira de trabalho assinada assumindo a mesma função. Como ela é muito jovem, se tiver um apadrinhamento, não terá o que temer. Conhecimento poderá adquirir depois. Quem sabe!?

Quando eu fazia curso de menor aprendiz em 1998, em uma das instituições de ensino técnico mais antiga e mais conceituada do país, as pessoas me diziam que eu precisava fazer um curso, na instituição de mesmo nome no Rio de Janeiro. Já no Rio, eu fiz o Técnico e perdi várias oportunidades de trabalho porque ainda não tinha feito faculdade. Depois eu fiz a faculdade e continuei perdendo oportunidades porque ainda não tinha Pós-Graduação. No final, comecei a Pós e percebi que o que me falta não depende mais de esforços intelectuais meu.
Também tem aqueles que dão sorte, mas, infelizmente, a sorte não vem para todos. Prefiro acreditar em Deus.

O mais incrível é pensar que, nesse mundo da moda, tão efêmero, ainda existem pessoas que trabalham no ramo há tantos anos, com tanta “experiência”, e que são tão desatualizadas. Como trabalhar no mercado da moda e não saber definir moda? Como não saber definir tendências e comportamento? Como não saber utilizar dos programas informatizados de desenho e desenvolvimento de produtos? Pior do que isso... Como não saber fazer uso pleno do Word? Meu Deus! Eu já vi cada relatório, feito por pessoas que se dizem experientes, que dá vontade de chorar só em ver a formatação. Dos jovens eu até admito a falta de conhecimento e atualização, mas dos que dizem ter tanta experiência, é difícil!!!
Como dizer a um jovem para não reivindicar algo que não concorda, porque ‘fulano’ tem mais experiência e nunca reclamou? Isso me faz lembrar a historinha do garoto que iria substituir um ancião que trabalhava martelando diariamente as rodas de um trem, quando o garoto lhe perguntou em seu primeiro dia Trabalho:  - Porque o senhor precisa bater nas rodas? e o ancião respondeu... -
Meu filho, eu tenho uma vida inteira fazendo isso e nunca soube, e você que chegou agora já quer saber? É bem desta forma que as coisas acontecem!  
Acredito na percepção dos jovens, porque é a geração “Y” que está fazendo a diferença no que diz respeito à informação e transformação. A destruição do nosso planeta começou a ser causada pelas gerações anteriores, justamente pelos "mais experientes".
É claro que eu respeito os mais velhos, e têm muitos que eu até admiro. Mas só aqueles que valem à pena. Aqueles que têm uma cabeça jovem. Aqueles que me respeitam. Que me respeitam como Jovem, como profissional, como mulher, como pobre, como nordestina e etc. Como diria o poeta “Só vou gostar de quem gosta de mim”.

Exemplifiquei todo o texto me referindo ao mercado da moda, que parece ser tão democrático, mas não é. Contudo, tal preconceito se estende a todas às áreas de atuação profissional. Eu poderia passar uma vida inteira aqui citando exemplos de amigos, de áreas bem diferentes da minha, que já penaram muito para conquistar seu espaço.
Eu, depois de 14 anos de estudos e atuação no ramo da moda, ainda estou tentando vencer essas barreiras e alcançar meus objetivos. Ainda não cheguei à metade do que pensei que chegaria com a idade que tenho hoje, mas vou continuar perseverando e me impondo, porque eu conheço gente que não tem metade do meu conhecimento e que passaram na minha frente.Tenho certeza que sou capaz e não haverá preconceito nem um que me impeça.
Caso eu desista, será por puro cansaço, desgaste e desgosto, pois pelas coisas que eu ouço dos mais “experientes", ainda terei que lutar muito.

No último sábado estive fazendo parte da equipe de seleção para estilista da empresa de moda feminina Avohai (RN), e fiquei muito feliz em ver tantos jovens talentos 'estourando' em uma cidade que ainda nem possui faculdade de moda, mas que as pessoas buscam suas qualificações de todas as formas possíveis mantendo-se extremamente atualizados.
Foi muito difícil a seleção, pois a vontade que deu foi de contratar todos que estavam lá. Cada um com seu talento, com sua particularidade. E minha felicidade maior foi ver a confiança da empresária, Eveline, com os candidatos à vaga. Sua melhor frase foi: “Quero pessoas jovens porque têm a cabeça aberta e não se prendem a regras”. Perfeito Eveline!
Eu fico realizada quando vejo o talento de Marília Andrade da marca Nova Bossa, que desenvolve um trabalho lindo e muito bem executado. Ela está começando agora, e está começando certo. Do mesmo jeito é o Estilista Wagner Kalieno, que está estourando também no mercado nacional. Um novo talento, que foge do convencional e que já veste grandes celebridades.
Estou desenvolvendo um trabalho de consultoria com eles e percebo que suas estrelas estão apenas começando a brilhar.
Quando estou dando aula em uma turma mesclada, sempre sinto a resistência da maioria dos alunos mais “maduros”, em diversas situações de trabalhos que peço para executar em sala de aula. Sempre colocam dificuldades; enquanto os mais jovens absorvem tudo com mais facilidade e muitas vezes superam minhas expectativas. Será que os mais maduros nunca foram jovens? Talvez na época deles, realmente os jovens fossem mais imaturos mesmo, mas hoje em dia as coisas mudaram bastante.
Estou cansada de chegar para ministrar um curso ou uma palestra e as pessoas olharem para mim e perguntarem: “É você quem vai dar a palestra? É você quem é a professora?... Só porque me acham com "carinha de menininha".
 Já aconteceu de um coordenador de um curso de moda, onde 90% de sua turma era formada por pessoas com menos de 35 anos, e ele olhar na minha cara e dizer: “Você que tem menos experiência vai ficar com a turma dos alunos, e fulana que tem mais experiência vai ficar com a turma dos empresários”. Detalhe, ele nunca tinha nos visto antes e tirou suas conclusões só ao olhar pra mim. Nada coerente pra um coordenador de um curso de moda, não é mesmo!? No final meus alunos disseram que o meu curso de 12h valeu por mais de um semestre de faculdade, além de montarem um e-mail de grupo onde escreveram mil elogios sobre minha atuação. Minha satisfação foi plena. Deus é justo!
Espero que todos nós jovens, possamos seguir o mesmo exemplo de Mark Zuckerberg, o idealizador e presidente do Facebook. Sem necessariamente precisarmos ter a mesma conta bancária, mas que tenhamos, pelo menos, uma realização pessoal e profissional, porque não há nada melhor do que trabalhar com o que mais nos dar prazer e sermos respeitados e reconhecidos por isso. O que nos cabe é acreditar que somos capazes e nos impor diante de qualquer situação que vá de encontro aos nossos ideais.
Eu nem peço para que as empresas dêem oportunidade aos jovens, peço que dêem oportunidade para quem realmente for bom profissional, independente da idade.

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