terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Fashion Rio Inverno 2011

O evento do Fashion Rio tem se tornado a cada ano mais glamouroso e competitivo, principalmente pelas empresas de multimarcas que expõem o seu produto no RIO – À – PORTER (localizado no Píer Mauá) e no Fashion Business (Localizado na Marina da Glória).
São dezenas de modelos lindas, andando de um lado a outro, muitos fotógrafos e jornalistas atrás das novidades, e dos muitos artistas e celebridades que por lá circulam. É um evento cansativo, devido ao tempo de duração e extensão, porém muito compensador para quem resiste e aproveita tanta informação.
Píer Mauá

As Designers Lucimari Paixão, Katia Barbosa e Soraya Giatto

O Evento no Píer Mauá no dia 11/01/2011 trouxe novidades do estudo realizado pelo SENAI-MODA em uma palestra que revelou as novas características mundiais de comportamento e consumo, onde ficou evidenciado que “Estamos vivendo em uma nova era de Transparência e Desaceleração”; Palavras das pesquisadoras e palestrantes Valéria Delgado e Carol Fernandes. Além disso, a palestra falava sobre descobertas tecnológicas e de importantes novos matérias descobertos e que já estão sendo testados  no desenvolvimento de produtos inovadores, tal como o Grafeno.
Assim como o Diário de Inspirações do SENAI- CETIQT, o novo Caderno de Tendências do SENAI Moda, conta com o estudo de quatro Macrotendências.
Simplicidade Engenhosa: Simplicidade e eficiência em novos produtos simples e eficiente  para atender a nova demanda de consumidores jovens e que já nascem em um mundo de tecnologia e novidades constantes. Exemplo:
· O futuro é hibrido - Junção de duas espécies diferentes que permite em um melhor resultado de satisfações;
· Redes sociais - Permite um milhão de amigos que você nunca viu de perto;
· Descoberta do Granfeno - Material encontrado no grafite e em outros compostos de carbono. O mais Resistente já encontrado, porém maleável.
· Programas eletrônicos que permite a interação direta com o usuário;
· Novas formas de publicidade feitas dentro de jogos de Videogame...

Ícone Renovado: Mostra o que parece mais não é. Utilização do natural com o artificial possuindo a finalidade de aflorar sensações reais de toque, caimento, formas, sabores, cheiros e etc. Exemplo:

· Inteligência Botânica - Busca as sensações da natureza implementada nos produtos (couro vegetal), ou até mesmo inspiração na natureza para buscar as propriedades das plantas, das peles dos animais, de materiais orgânicos para permitir que tenhamos essas propriedades em tecidos tecnológicos;
· Fazenda do Futuro - Você cultiva o que você come e
· Agência de Jardins – Aluguel de um serviço e/ou um espaço para sua plantação...
Survivalismo: O surgimento de novas estratégias de sobrevivência em meio ao caso urbano, desastres naturais e/ou provocados pelos homens desafiam o Design a soluções criativas e inovadoras para melhorar alguns cenários sociais.
· 2012 Era da Transparência – A busca pela verdade já começou desde o final de 2010. As pessoas querem saber de tudo, sem maquiagem, sem mentiras, custe o que custar – Wikileaks;
·  Intolerância Política;
· Policia e bandido. Quem é quem? Ligações de denúncias para ambos os lados;
· Busca pela generalidade, caridades, voluntariedade;
· Greengle – O site de Busca Eco-Friendly do Brasil. Slogan: “Use a internet e ajude o planeta”;
· Preocupação com a opinião dos outros – “O que você acha?”...
Universo Luz: Retrata a espiritualidade, a descoberta do ser. A redescoberta de novos hábitos, culturas e fé. A preocupação de como será a nova geração: Exemplo:
· A utilização do ante-energético, que possui a função contrária nesse mundo de grande velocidade tecnológica e produtiva, onde os jovens precisarão de um “tutor” para ajudá-los a caminhar com menos anseio pela vida;
· Inspiração no antigo para transformar o novo - Retrofit.
· Orgulho Regional- Orgulho de sua cultura, raízes, origens;

De tudo o que foi dito, a frase mais importante que marcou realmente o encontro foi “Para que as pessoas consumam menos e para que a degradação do nosso planeta não atinja o ápice, é preciso partilhar. Assim como era feito nos tempos em que a moeda não existia, onde se trocava um bem pelo outro.”

O final dessa frase faz lembrar um Videozinho do Youtube cujo título é “A história das Coisas” o qual já foi postado neste blog no dia de dezembro de 2010.

Fashion Business

O espaço do Fashion Business estava bastante iluminado e criativo – Como sempre! – Cheio de novidades e exposições inspiradas no meio ambiente, construídas de muito material reciclado, plantas naturais e bom gosto. Tão belos quanto às exposições, estavam os stands das marcas que faziam um convite a visitação no seu interior, dentre eles: Alexandre Herchcovitch, Carlos Miele, Luciana Galeão, Mara Mac, Maria Filó, Patrícia Vieira, Espaço Fashion, Sacada, Zoomp e muitas outras, além disso, tinha os espaços reservados aos confeccionistas de Cabo Frio, Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, São Gonçalo, Niterói, Sul Fluminense e demais regiões.







Vinculado ao evento do Fashion Rio estava à exposição Casa Canadá situada no SESC Rio. A exposição recorda os belos tempos de Glamour da sociedade carioca entre as décadas de 50 e 60.  São quase 20 anos de história contada a partir de fotografias, filmes, revistas, e depoimentos atuais em vídeos das grandes Divas que desfilavam sua beleza e elegância.
Comandada por Mena Fiala e Cândida Gluzman, a Casa Canadá foi responsável por vestir importantes primeiras-damas do Brasil e pioneira em trazer as melhores peças dos desfiles europeus para o Rio de Janeiro.
A Exposição continua até o dia 30 de janeiro.








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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Resposta a postagem abaixo sobre o filme Última Parada 174 - Para ler no final de semana...

Quando escrevi o assunto postado neste blog, logo a baixo " Para ler no final de semana", enviei para o e-mail de alguns amigos e muitos deles me responderam, com a autorização de um deles, Ronnie, posto sua opinião e um complemento de minhas idéias e experiências sobre o fato.

De Ronnie para Mari

Entendo perfeitamente isso tudo que voce escreveu.
Acho muito confuso e quando vejo filmes assim eu fico com medo sabe.
Nao medo do que pode acontecer comigo, mas medo mesmo, de tudo.
Sei la, da uma agonia louca, porque eu me acho parte disso.
Co-autor.
Eu tava falando sobre isso ontem, enquanto via tbm umas partes aleatorias do filme.
E essa agonia as vezes me deixa tbm muito inerte.
Sem querer justificar ou qualificar essa inercia, esse medo, essa agonia, enfim, isso, eu escrevo isso meio que pra dividir tbm com vc, algo que possa ser uma experiencia ate parecida.
Uma percepção parecida, talvez.
Ontem aconteceu algo e eu fiquei me sentindo mal.
Nao dou dinheiro nunca na rua, nao dou muita atenção a pedintes, porque eles na maioria das vezes nos abordam sujos, drogados etc.
Penso em mil coisas que podem levar essas pessoas a esse tipo de vida, mas por outro lado, quando me vejo em confronto, ainda que nao tao violento, apenas confronto no sentido de "tete a tete" eu ajo na defensiva e com isso nao dou nem atenção.
Digo "não" e ponto, tento agir de forma mais rude pra afastar e nao mostrar medo.
Porque realmente nao é medo que sinto, sinto agonia.
Nervoso, culpa, tristeza e me sinto parte.
Mas voltando, ontem me parou um menino, criança mesmo e eu ja disse: "nao amigo, bom dia!".. e ele insistu e disse: "mas nao quero dinheiro nao!" e eu repetir: "nao tenho ja disse. bom dia!" e ele insistiu e eu insiti novamente" nao, tenho, ja disse!", sem "bom dia" dessa ultima vez. E ele foi embora.
Depois fiquei o dia inteiro me perguntando o que será que ele queria.
Pedir sim dinheiro?
Pedir comida, ajuda, pedir atenção?
Nao sei, passou.
Mas atenção, sinceramente é algo que pode fazer diferença, de fato, na vida de pessoas abandonadas.
E o preconceito nao nos permite.
E sem esse preconceito, talvez conseguissimos, mesmo que a longo prazo, mudar ate a qualidade danossa vida, em particular.

Enfim..
Bonito, verei os videos depois.

De Mari para Ronnie

Pois é Ronnie...

Lembra do dia que escrevi no Facebook sobre o "passeio" de ônibus que dei em São Cristovão e você me respondeu??? É praticamente isso, não sabemos como agir perante essa situação. Eu sinto medo, sinto pena, sinto um monte de coisas...
Nunca dou esmola, mas sempre faço questão de comprar um doce na mão deles, pode ser que seja errado eu fazer isso, mas eu compro na intenção de ajudar. Não precisa nem ser menino de rua. Às vezes sobe no ônibus uns caras tão bem vestidos para vender doces... Tem uns que se expressam melhor que muito diplomado por aí. Aí eu fico pensando... "Se eu tivesse uma empresa contrataria este cara." Já pensei por muitas vezes em, quando eu abrir minha empresa, procurar estes bons vendedores ambulantes para trabalharem comigo na parte de vendas. Eles são ótimos!
Mas voltando a falar dos meninos de rua, eu analiso cada um deles que passa por mim.
Todos os dias de manhã, quando saio para o trabalho, eu vejo vários catadores e um monte de mendigos catando e comendo lixo... Todos os dias mesmo. E eu sempre venho para o trabalho pensando nisso, não consigo parar de olhar para eles, me choca.
Quando eu trabalhava em Jacarepaguá, e pegava ônibus na frente da Rodoviária do Rio, tinha uma menina que todos os dias eu a via; ela sempre estava lá, rodeada de garotos e se comportando como eles. E eu ficava ali, esperando o ônibus (que demorava muito por sinal) e observando ela. Pensava: “E se ela tomasse um banho”, “E se eu levasse ela para morar comigo”... Eu me sentia culpada em ter uma casa com dois quartos e morando sozinha, mas no fundo eu sabia que isso não seria viável. Eu não tinha, E continuo não tendo, nem uma estrutura psicológica para saber lhe dar com uma situação desta, mas todos os dias, assim que eu chegava no ponto da rodoviária, eu varria toda a área em  minha volta com os olhos a sua procura, e a encontrava, lá, jogada, suja, correndo, pedindo esmola... E eu pensava... "Ai Deus, como pode ser assim?” Talvez um dia eu possa ajudar, mas hoje só me cabe um olhar e um sorriso, caso o olhar dela cruze com o meu.
Um dia eu estava em casa e meu interfone tocou, era a voz de uma criança que disse:
- “Tia me dá um biscoito” (eu não gosto de biscoito, e quase não compro);
- Aí eu disse a ele “Não tem biscoito, só tenho pão”;
- “Mas eu não quero pão, eu quero um biscoito pra dividir com a minha irmã”;
Meu namorado estava do meu lado e eu repetia para ele o que o menino falava no interfone, e meu namorado riu, achou o garotinho meio abusado e me perguntou o que eu ia fazer, aí eu falei para o menino “Espera aí que eu vou ver aqui”.
Por sorte, minha mãe tinha vindo passar um final de semana na minha casa e tinha comprado um pacote de biscoito recheado e um de maisena. Aí eu peguei um pedaço de bolo que também estava lá e meu namorado me olhou e perguntou sorrindo, “Vai dar um banquete pra ele?” E eu disse: “Este menino é uma criança que tem as mesmas necessidades de qualquer outra criança de sua idade. Se ele me pediu um biscoito é porque ele está com vontade de comer isso, caso contrário ele teria aceitado o pão ou teria me pedido o dinheiro, sei lá” E continuei “As pessoas estão acostumadas a fazer caridade doando alimentos comuns de cestas básicas, tenho certeza de que ele não come um biscoito há muito tempo, ou ele viu alguém comendo, o que e muito natural”. Desci e ele estava lá, devia ter uns 6 ou 7 anos, meio sujo, descalço e descabelado, mas parecia que tinha “família”. A menina que ele chamava de irmã parecia ter 3 ou 4 anos, e se encontrava nas mesmas condições do irmão. – Tinham, mais ou menos, a idade dos meus sobrinhos – Quando eu entreguei os biscoitos a ele, ele me abriu um sorriso lindo e me disso “obrigado”. Eu não esperava que ele fosse me agradecer. A menina estava meio que se escondendo, parecia estar envergonhada. Perguntei onde ele morava e ele disse “No Rato Molhado” (a favela mais próxima), e eu perguntei se ele tinha mãe, e ele balançou a cabeça positivamente, mas não me olhava mais, comia o biscoito e oferecia a irmã dele, e ela comia e eles dividiam ali, um a um. Ai eu perguntei “Ela te bate” e ele me olhou nos olhos e me respondeu “Não”. Ai eu fiquei aliviada e os deixei ir embora. Saíram correndo, felizes, e eu nem sabia explicar o que eu estava sentindo ali naquele momento. Reatei o ocorrido para meu namorado, que não desceu comigo, e ele disse que eu era inédita. Não me sinto Inédita, eu fiz a diferença só para aqueles dois.
Passei a comprar biscoitos e guardava em casa, não muitos, mas o suficiente para, caso eles voltassem. E eles voltaram mais duas ou três vezes, interfonando e perguntando da mesma forma “Tia, tem biscoito?” e eu desci e entreguei. Meu namorado disse que eu não deveria fazer aquilo sempre para eles não ficarem viciado em ir lá. E eu perguntei a ele qual era o problema que lês fossem lá? Enquanto eu pudesse oferecer biscoito eu ofereceria, no dia que eu não tivesse, eu não daria e explicaria. Simples assim.
Pouco tempo depois a favela pegou fogo e a prefeitura retirou os barracos mais “próximos”, e nunca mais eles apareceram. Toda vez que eu vejo biscoito “dando sopa” lá em casa, eu lembro deles. Espero que estejam bem.
Na semana do Natal fui ao supermercado fazer as compras da ceia, e tinha um grupo de meninos lá, com faixa entre 10 e 12 anos, todos negros, brincando, descalços, sem camisa etc. Era noite e esperava-mos um Tax. Nem um parava, tinha uma fila de pessoas do lado de fora com os carrinhos cheios de compras, achei que era fila de tax, parei atrás e um deles veio até mim e perguntou “Vai querer carro?” E eu perguntei, “Que carro?” aí ele me explicou “Eu trabalho aqui, arrumando a fila das pessoas que vão querer carros para levar as compras em casa, mas são dois carros velhos” e disse as marcas dos carros e o nome dos donos. Aí eu disse a ele que iríamos pegar um Tax, e ele me explicou que nem um taxista pararia para mim, pq eles sabem que são corridas para perto e não gostam de colocar peso no carro. Aí eu resolvi continuar na fila, e perguntei ao menino:
- “Você trabalha aqui, mas você não estuda?”
E ele disse
- “Estou de férias. Chego aqui de manhã assim que o mercado abre e só saio quando fecha. Nem almocei ainda”.
Aí eu perguntei porque ele não ia para casa almoçar e depois ele voltava, ele respondeu:
- “Se eu for pra casa outro toma o meu lugar. O cara tem que dar duro para vencer na vida”.
Aí eu disse a ele:
-“Se você estudar bastante e tiver boas notas na escola, poderá abrir o seu próprio mercado quando você crescer. Já pensou nisso?”.
E ele me abriu um sorrisão como se eu tivesse dito que lhe daria um sorvete. E me disse “não”. Eu disse, “Pois é. Você pode ser o que você quiser, até dono de uma rede de mercado quando crescer. Só precisa estudar”. Ele continuou sorrindo.
O homem do carro chegou, ele ajudou a colocar as sacolas no veículo e me disse “Obrigado”, e eu paguei a ele com uma moeda de um real, que para mim não fez qualquer diferença no meu bolso, mas eu confesso que fiquei feliz em ter visto o sorriso no rosto dele quando entendeu que pode ter uma vida diferente quando crescer.

Beijos

*Seria muito importantante que visse os vídeos também.

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Para ler no final de semana...

Caros leitores,

 Pensei em milhões de palavras para titular esta postagem... Pensei em colocar o real tema do assunto, depois pensei em colocar um título bem atrativo, Individual ou coletivo, com palavras de amor, alegria, sexo, Deus... Por fim resolvi titular como 'Para ser lido no Final de semana'. Tive certeza que seria o mais coerente e que seria aberto e lido por todos, ou quase todos, qaundo houvesse tempo.

 Portanto, gostaria de partilhar os vídeos selecionados abaixo que, a meu ver, é um caso que compete a todos nós, cidadãos. De que forma? Vou relataras as coincidências que me ocorreram ontem, dia 6/01/2011.

Ontem eu cheguei em casa a noite, tinha saído para minha entrevista de inclusão no curso de Pós-Graduação (Guardem bem isso). Assisti a novela das 9, na rede globo, e logo depois começou o Festival Nacional de Filmes. O filme escolhido foi 'Última Parada 174', aquele em que um menino de rua assalta um ônibus na Zona Sul do Rio de Janeiro e mata uma professora e depois morre asfixiado pelos policiais. Fácil resumir isso, não!? Ok.
O filme começou e eu comecei a assisti-lo, já pré conceituando que seria mais um daqueles que relata a vida de um morador de favela que não teve oportunidades na vida e saiu nas ruas matando as pessoas por revolta e/ou por esporte.
É claro que eu me lembro, como hoje, o dia em que o fato ocorreu ao vivo e a cores, literalmente e infelizmente, pois marcou a vida de muitas pessoas, ou não! Eu tinha 17 anos, a mesma idade do Sandro (protagonista da história), nascida no mesmo país, mas as nossas semelhanças paravam por aí. Graças a Deus! Vivíamos em realidades completamente diferentes.
Pois bem, no desenrolar do filme, comecei a entender um pouco da história do rapaz, apesar de continuar achando que nada justifica aquela atitude; e o que me chamou a atenção foi a existência de uma mulher chamada Yvonne, a qual eu desconhecia totalmente. É lógico que o filme não é 100% fiel aos fatos, mas a realidade do que foi mostrado, em relação a exclusão social, é inquestionável.
A relação, demonstrada no filme, entre Yvonne e seu objetivo de vida em proteger (o que vai muito além de cuidar) aquelas crianças, me fez refletir sobre milhões de coisas. Pensei: De quem é a culpa? Quais são as vítimas e quais são os bandidos? Como é o meu comportamento diante dessas pessoas e de toda essa situação social e cultural? Quem pode fazer alguma coisa para mudar isso de modo que ninguém saia perdendo? De que maneira?...
Pensando em tantos fatos meu raciocínio foi quebrado quando meu namorado, típico carioca, me interrompeu dizendo "O número deste ônibus que roda nesta linha, foi substituído pelo número 175". E no reflexo eu exclamei, "Não acredito! Eu peguei este ônibus hoje, pela primeira vez, quando estava indo para a Barra da Tijuca, na entrevista da Pós-Graduação". Foi aí que "a ficha caiu". Era, e é, uma linha que faz parte do cotidiano de diversos universitário, pois passa em frente, ou dá acesso, a várias Universidades, e que tem o marco de ter sido sequestrado por um jovem que não teve e/ou não quis ter nem uma oportunidade melhor na vida, mas que liberou um universitário de ser seu refém, porém não liberou a professora, que por fim foi assassinada. Que Ironia! Muito CONFUSO tudo isso na minha cabeça.
Fui dormir pensando nisso, sonhei com isso e acordei no meio da madrugada com o barulho de quatro tiros, que pareciam ter ocorrido em baixo da minha janela em um bairro da Zona Norte. Perdi o sono e só consegui tirar um cochilo já quase de manhã. Quando o relógio despertou, me avisando que já era hora de trabalhar, a primeira frase que ouvi foi... "Você ouviu os tiros"? E eu pensei rapidamente, "Quais? O do filme, os do meu sonho ou os da minha rua?". A primeira ação do dia foi acessar o Google e pesquisar a real concepção dos fatos em relação a tudo o que ficou na minha cabeça a noite toda e na minha memória muito fragmentada. Digitei no Youtube "Ônibus 174" e cheguei aos vídeos relacionados abaixo, de uma entrevista com Yvonne Bezerra de Mello (Fundadora e responsável da Fundação UERÊ) que, por sorte, esclareceram muita coisa.
Eu costumo explicitar para meus parentes e amigos, como tudo isso me incomoda. Saio nas ruas e quase nada passar por mim despercebido, graças a Deus desenvolvi essa sensibilidade de tentar, ao menos, entender o porquê de tantos favelados, de tanta miséria, violência, fome, guerra, mendigos etc. Andei discutindo seriamente com meu pai, na semana do natal, sobre isso. Já relatei sobre isso com meu professor de 'Poética do Vestir' na faculdade; já escrevi no Facebbok; mas me senti impossibilitada de fazer alguma coisa além de ser compreensiva.
É claro que eu não acredito que pequenas atitudes como a da Yvonne e seus voluntários acabarão com os problemas da humanidade. Acredito na existência de um Deus Supremo, que conheço como Jeová, e que, Ele sim, abdicará da terra todos os males da humanidade em um futuro próximo. Contudo, ainda vivemos em um mundo de injustiça e de exclusão e não podemos ficar sentados esperando o fim, creio que algo deve ser feito, até mesmo para praticarmos a nossa bondade para este "futuro", ou, no mínimo, devemos apoiar as pessoas que fazem a diferença, de forma positiva, nessa sociedade. Mas só podemos ajudar, nem que seja com pequenas atitudes de carinho e respeito, se abrirmos os olhos e tentarmos entender qual a origem e as consequências de toda essa marginalidade, violência, exclusão social, tráficos e etc. Palavras estas que só conhecemos do dicionário ou quando nos afeta diretamente com um sentimento chamado MEDO.

Seguem os links dos Vídeos e espero que, depois de avaliar cada um deles, vocês se tornem pessoas mais observadoras e com menos preconceito.
 Eu não estou falando de fazer doações por desencargo de consciência, vai muito além disso.

Mari.

Entrevista com Yvonne Bezerra de Mello





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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Polêmica com a nova logo dos Jogos Olímpicos Rio 2016

Foi lançada no réveillon 2011, na praia de Copacabana, a novo logomarca dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro para 2016.
A princípio parecia uma logo de design super criativo e que faria toda a diferença entre os anteriores por se tratar de uma logo em 3D. Porém, com o fácil acesso as informações que temos hoje em dia através de uma ferramenta chamada INTERNET, os internautas constataram a incrível semelhança entre a marca da Telluride Foundation (organização não-governamental da cidade de mesmo nome, em Colorado, nos Estados Unidos) com a nova logo apresentada.
O "criador" da "nova" logo, Fred Gelli, nega qualquer tipo de intenção de plágio da marca americana, mas não nega a grande semelhança. O designer ressalta que pesquisou por 6 semanas outras marcas para que evitasse este tipo de acusação, mas que já esperava a possibilidade de criar-se uma polêmica em cima disso.
O que ainda não ficou claro é o fato de o designer relatar que "não foi plágio" e que nunca havia visto essa marca antes, e que depois de pronta esta lhe foi apresentada e por isso já esperava a polêmica...
O que explica as formas e as cores tão semelhantes?
Fala-se que a inspiração da ONG, Telluride Foundation, foi na pintura “A dança” de Henri Matisse, já o designer Fred Gelli afirma, em entrevista para o site globoesporte.com, ter se inspirado apenas em "um grupo de pessoas se abraçando, tão típico do nosso país, Brasil". Veja as imagens abaixo e conclua:



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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Balanço 2010

Olá meus caros amigos leitores!

Esta é uma das semanas do ano que mais gosto, pois está se aproximando o natal. Não que eu acredite que o dia 25 de dezembro signifique a data do nascimento de Jesus, pois isso não está escrito em lugar nem um da bíblia; mas acredito que é uma data onde as pessoas se permitem amar, serem gentis, distribuírem gestos de cordialidade e simplicidade. O ato de compartilhar coisas boas me deixa muito feliz.
E por falar em coisas boas... Deste ano eu não posso reclamar. Foram tantos presentes de Deus que eu sempre almejei, mas nunca pensei que em tão pouco tempo pudesse realizar.
Este ano de 2010 começou para mim de uma forma diferente. Passei meu 1º réveillon em Copacabana. Detestei...rsrsrs... Aquela multidão, um empurra, empurra. Não tinha água e nem refrigerante para comprar... Não Gostei. Ainda bem que meu ano não se baseou nessa virada.
2010 foi o ano em que consegui, pela primeira vez, completar um ano em uma mesma empresa de trabalho, e isso só me gerou coisas boas. Pude atuar na área que eu mais amo no mundo e conhecer grande parte do meu país; Brasil.
Conheci o Paraná, terra de gente boa e terras maravilhosas;
Fiz compras no Paraguai;
Senti o Frio de Porto Alegre-RS; 2°C, nunca senti tanta sede na minha vida (Risos), nem quando eu morava em Mato Grosso do Sul;
Reencontrei amigos em Brusque-SC;
Descobri que Rio Branco-AC é um lugar incrível, uma cidade linda, e o mais importante; consegui perceber isso através das fumaças das queimadas que aterrorizavam o nosso Brasil.
Lá em Imperatriz- MA, fiz amigos que vão durar para sempre;
Fiz amigos também em Manaus-AM e visitei meu amigo Paulo e sua esposa, que por coincidência é minha xará de apelido - Lú. Nunca pensei que fosse senti tanta emoção ao sobrevoar o Rio Negro, e escrevi no meu Orkut assim: “Hoje eu sobrevoei o Rio Negro e fiquei emocionada, fiquei encantada! Acho que fui seduzida pelo canto da sereia... Desculpe! Confundi a imensidão do Rio com o mar... Manaus cidade linda, terra linda de conhecer, terra boa de morar.” Quase eu fico por lá, e lá eu quero voltar.
Formos para Pernambuco... Uma passadinha em Recife e uma parada de quatro dias em Caruaru... Que feira maravilhosa de artesanato eles têm por lá... Impossível sair de lá com as mãos vazias. De lá seguimos para Santa Cruz do Capibaribe, fiquei pasmada com o pólo de confecções que existe por lá. São dezenas, centenas de casas que se transformaram em uma confecção e/ou um ponto de venda. Incrível como uma cidade que ainda tem tanto o que se desenvolver em infra-estrutura, consegue manter um pólo dessa grandeza financeira. Eu não conseguia ver nada além de tecidos, maquinários e pessoas trabalhando. Um aluno residente me disse que eles são comparados à China, pela sua agilidade de produção. E quem quiser trabalhar no ramo pode ir pra lá, porque eles me afirmaram que a demanda é maior do que a oferta.
Semanas depois segui para Teresina - PI... Que calor! Mas valeu a pena cada gota de suor derramado. Reencontrei a Ceiça, amiga que foi minha vizinha de quarto no alojamento. Tão boa essa sensação, dinheiro nem um paga estes momentos. Dei entrevista no estúdio de uma emissora e esta também cobriu meu evento. Depois de uma semana de trabalho duro, segui para Parnaíba, passei mal nas cinco horas de viagem que fizemos de carro, cheguei lá “grog”...rsrsrs, mas superei meus limites e dei a palestra meia hora depois para concluir minha aventura de aulas e palestras.
Todas essa viagens, realizadas em um período de 8 meses, me deixou muito cansada, porém me deixou mais sábia, mais experiente (cada experiência que passamos na vida tem de ser avaliada como única), fiquei mais esperta,fiquei mais FELIZ. Estas me proporcionaram uma visibilidade profissional muito importante para minha carreira. Cada entrevista que dei para Televisão, sites, jornais impressos e até na rádio; deixou-me realizada, contudo o mais importante de tudo foi deixar os meus alunos satisfeitos e com um “gostinho de quero mais”, ouvir palavras de carinho, do tipo “Quando você volta aqui?”, “Foi maravilhoso!”, “Obrigado Professora por ter me feito pensar de maneira diferente e ver as coisas com um novo olhar!”... Estas frases ficaram no meu inconsciente e lembro-me delas todos os dias, depois disso tudo pude perceber que o conhecimento é um só, mas cada um tem a sua didática e suas experiências e é isso que faz toda a diferença.
Por isso quero agradecer a cada um deles e a todas as pessoas que acreditaram e acreditam em mim, e principalmente aquelas que me dizem assim “Mari, você pode e será muito mais”. Esta é a motivação da minha vida abaixo de Deus.
Quando cessei com essa experiência, fui direto para as minhas origens, rever e compartilhar isso com meus familiares, minha base. Recarreguei minhas energias e voltei para o Rio de Janeiro com a sensação de “Missão Cumprida”. E por falar em Rio de Janeiro, este ano completei minha escala de conhecer todos os “Rios” principais que compõe o nosso mapa – Rio Grande do Sul, Rio Branco, Rio Grande do Norte, Rio Negro, Rio Tocantins, Rio de Janeiro e muitos outros.
Depois de tanta coisa boa que me aconteceu este ano, só espero que coisas melhores ocorram-me 2011. Agora só me resta passar o Natal com meu pai e minha sobrinha (que estão a caminho) meu noivo e amigos, e orar a Jeová agradecendo pelo ano maravilhoso de 2010 e pedir que o ano de 2011 seja repleto de realizações, não só para mim, mas para meus amigos, familiares e toda a humanidade.

Um grade beijo a todos e Excelentes Festas.

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